Por Itasat
A justiça britânica começa a decidir, nesta quarta-feira (22), se a ação bilionária sobre a tragédia de Mariana continua tramitando na corte inglesa. O desastre causado por uma das barragem da mineradora Samarco tem ligação com a empresa BHP Billiton, que junto com a Vale, era acionista da Samarco. A BHP tem sede na Inglaterra.
A queixa coletiva inclui 240 mil pessoas, 24 prefeituras, 11 mil empresas e a comunidade indígena Krenak e pede indenização de 5 bilhões de libras, cerca de 25 milhões de reais. Uma parte deste recurso, ficaria com a Prefeitura de Mariana, onde a tragédia teve início.
O prefeito de Mariana, Duarte Júnior (Cidadania), está em Manchester, na Inglaterra, onde a justiça decide se ação continua ou não a tramitar. Duarte explica que a busca por indenização fora do Brasil acontece porque municípios foram excluídos do acordo de reparação firmado no país.
"Nós entendemos que nós municípios não somos parte do texto do TAC,Termo de Transação de Ajustamento de Conduta. Nós não somos signatários, porque as empresas não aceitaram. Infelizmente não respeitaram o nosso direito", afirma.
O prefeito de Mariana explica que busca algo próximo ao que acontece em Brumadinho, após a tragédia da Vale em janeiro de 2019.