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Armador

Cruzeiro e Robinho não chegam a acordo para rescisão em audiência virtual

Robinho solicita que seja reconhecida a rescisão unilateral de contrato

22/07/2020 13h08
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Por Itasat

O Cruzeiro e o armador Robinho não se chegaram a acordo em audiência virtual realizada na manhã desta quarta-feira, na 3ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte. Uma nova audiência foi marcada para 31 de agosto. 

Robinho solicita que seja reconhecida a rescisão unilateral de contrato. O jogador registrou a ação cerca de duas semanas após a Raposa anunciar a rescisão com o jogador. 

É pedido pelo jogador que "seja declarada e reconhecida a rescisão do contrato de trabalho firmado entre o autor (Robinho) e o réu (Cruzeiro), por iniciativa deste, com data de 05/06/2020 (data da rescisão) e que seja o autor imediatamente liberado do seu vínculo para que possa firmar novo contrato de trabalho com outro clube". 

Na audiência, o supervisor administrativo do Cruzeiro, Benecy Queiroz, disse que "o processo de rescisão informado seria uma tentativa de conversa para rescisão amigável" e que Robinho poderia voltar a treinar na Toca da Raposa II. "Atualmente o atleta está com contrato em vigor e pode retornar os treinos; que em virtude da situação financeira do clube tem buscado acordo amigáveis com os atletas que permitam o cumprimento dos compromissos", disse.

Já Robinho disse que não foi apresentado "nenhum documento ou formalização da rescisão". "Após a comunicação à mídia somente recebeu uma carta informando que não precisaria treinar, mas não houve tentativa de conciliação da rescisão", disse. O jogador também ressalta que concordou com a redução salarial para se manter no clube.

Débitos e redução salarial

Após jogar na equipe celeste entre 2016 e 2019 emprestado pelo Palmeiras, o Cruzeiro anunciou a compra de Robinho em julho do ano passado. O vínculo passaria a valer a partir de 2020 e teria validade até o final de 2021. Ao final do contrato que se encerrou no ano passado, é citado que o Cruzeiro tinha dívida de R$ 2.169.792,10 com o jogador. 

Na ação, é citado que, por causa da "delicada situação financeira" do Cruzeiro, Robinho "se viu obrigado a assinar Instrumento de Confissão de Dívida e Repactuação dos Débitos". 

"O réu (Cruzeiro) se obrigou a pagar ao autor (Robinho) o montante devido da seguinte forma: R$1.792.348,86 em 20 (vinte) parcelas mensais de R$89.617,44, iniciando-se em 10/04/2021; e R$377.771,38 até 30/12/2021, mediante depósito na conta vinculada do FGTS do autor", explica.

Já em janeiro deste ano, foi firmado o acordo que teria validade até o fim de 2021. O salário seria de R$ 450 mil. Para se adequar ao teto salarial do clube, foi acrescentado termo aditivo que suspendeu o pagamento de R$ 300 mil durante todo o ano de 2020.