Por Itasat
As estradas que ligam o centro da cidade de Mariana, na região Central do Estado, a zona rural do município, onde ficam as mineradoras, foram fechadas nesta segunda-feira (27), em ato realizado por um grupo formado por comerciantes e comerciários da cidade. O protesto ocorre cinco dias depois de a prefeitura voltar a fechar o comércio não essencial da cidade por determinação judicial.
O vice-prefeito de Mariana, Newton Godoy, alegou ao jornalista Eduardo Costa, no programa Chamada Geral, da Itatiaia, desta segunda, que Mariana seguiu vários protocolos de segurança até chegar na abertura do comércio.
“Mariana amanheceu com as estradas, que ligam as mineradoras, fechadas através de um manifesto feito pelos comerciantes e comerciários, mas eu queria deixar aqui que o município tem se comportado da maneira mais adequada possível. Nós testamos mais de 30% da população, fizemos hospital de campanha, temos os leitos adequados para o combate à pandemia e já estávamos com protocolo bastante eficiente, reabrindo o comércio de forma regular de forma ordeira e atendendo os protocolos na sua totalidade”, explicou.
Assim como pensa os comerciantes da cidade, o vice-prefeito acredita que a decisão judicial de fechamento total das lojas de serviços não essenciais no município é um retrocesso.
“A regulamentação do governo através de uma ordem judicial retrocedeu que nós havíamos feito e nós estamos indo pedindo ajuda do governo estadual e da Secretaria Estadual de Saúde. Espera que o governo possa nos remeter ao estágio em que nós estávamos muito mais adiantado do que hoje o decreto nos coloca. Mariana precisa dessa ajuda pelo que tem passado, pelo que tem vivido. Isso não é um ação partidária. Essa é uma ação que tem por base a saúde do cidadão e o comércio local na sua desenvoltura necessária para o sustento dos cidadãos de nossa cidade”, afirmou o vice-prefeito.
Prefeito
O prefeito de Mariana, Duarte Júnior, está na Inglaterra para participar de uma nova audiência que deve decidir se há ou não jurisdição para que o país, onde está a sede da BHP Billiton, assuma o processo de indenização das vítimas do rompimento da Barragem de Fundão.
A estrutura da BHP, Samarco e Vale se rompeu em 5 de novembro de 2015 no subdistrito de Bento Rodrigues, a 35 km do centro do município brasileiro de Mariana, deixando 18 mortos e um desaparecido.