Por Itasat
Moradores de bairros localizados no entorno do Aeroporto da Pampulha denunciam que atividades de manutenção de aeronaves tem prejudicado a saúde o sossego. Segundo eles, a proposta do terminal aéreo seria para pousos e decolagens, mas, recentemente, o local virou uma espécie de oficina e estacionamento.
O engenheiro Rogério Miranda, morador do Jaraguá, e que representa quem reside no bairro detalha a situação. "Um dos maiores problemas que nós enfrentamos diariamente é o alto nível de poluição sonora com o jatos idosos, com helicópteros e teste de motores. Além disso, nós estamos sujeitos aqui a poluição do ar porque os jatos executivos liberam querosene. Um terceiro aspecto que nos preocupa é a questão da segurança. Nós temos visto nos últimos anos acidentes que ocorreram no aeroporto Carlos Prates", diz.
A revisão de motores tem sido um dos grande incômodos dos moradores, segundo Rogério Miranda. "Você não pode falar no telefone direito, não pode assistir televisão direito, tem que deixar a janela de casa fechada, além do estresse".
O empresário Adriano Lima, de 61 anos, destaca o mesmo problema. "A gente sempre entendia que o aeroporto era para pouso e decolagem. Hoje temos um problema sério que são as manutenções nas aeronaves que proporcionam poluições sonora e do ar impactantes", alega.
Em nota, a Infraero diz que o Aeroporto da Pampulha está sem oferecer voos comerciais regulares desde agosto de 2018, época que a Gol deixou de operar no terminal. Atualmente, apenas voos de aviação executiva e geral, incluindo as aeronaves das forças de segurança pública e de serviço aeromédico.
A entidade diz que há a presença de aeronaves de companhias aéreas que estão estacionadas no aeroporto como medida de contingência por causa da pandemia do novo coronavírus.
Ainda segundo a Infraero, todas as operações (voos e estacionamento) ocorrem de acordo com os normativos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e que não há previsão de volta de voos regulares de empresas aéreas ao aeroporto.