Por Itasat
Após a recusa de Belo Horizonte em aderir ao Minas Consciente, programa do governo estadual de flexibilização, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) vai analisar, separadamente, os índices que monitoram a situação do coronavírus na capital mineira, que segue plano próprio de reabertura. Em uma publicação no Twitter, a entidade disse que vai solicitar dados específicos de Belo Horizonte ao Centro de Operações Especiais em Saúde, órgão criado pelo governo do estado. O prazo para análise é de 10 dias.
Caso aderisse ao Minas Consciente, Belo Horizonte teria que fechar parte do comércio, já que a região Central de Minas está na onda vermelha, que permite apenas abertura do comércio considerado essencial. Nos bastidores, apuramos que o Ministério Público Estadual busca argumentos para não obrigar a capital mineira ao programa.
Em 9 de julho, a Justiça atendeu o pedido do Ministério Público determinando que as cidades tinham que aderir ao Minas Consciente ou manter apenas o serviços essencial. A decisão de reabrir BH vai contra o que foi estabelecido.
Negativa da PBH
A informação de que Belo Horizonte não iria aderir ao Minas Consciente foi confirmada em primeira mão pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD), em entrevista na última terça-feira (11). Um prazo chegou a ser estabelecido para que houvesse resposta do Executivo municipal. Na avaliação de Kalil, seria desrespeitoso com o comitê de enfrentamento à covid-19 montado pela prefeitura. Ele também fez críticas ao programa do governo estadual.
"Nós não vamos aderir ao Minas Consciente por um motivo simples: é um plano que só este mês mudou três vezes. Estamos desde marco no mesmo plano, nas mesmas regra, e eu não vou desrespeitar tanta gente que trabalhou tão duro para chegarmos no ponto que chegamos hoje”, disse.