Por Itasat
Na primeira reunião da CPI que apura fraudes no Bolsa Moradia em Contagem, na Grande BH, que aconteceu nesta quinta (20), foram apresentados requerimentos de quebra de sigilo bancário e telefônico dos envolvidos no esquema, que desviava dinheiro público que deveria ser repassados às famílias que ficaram desabrigadas depois das chuvas que atingiram a cidade no início deste ano.
Na tarde desta quinta, diversos moradores fizeram uma manifestação em frente à prefeitura, denunciando que o benefício não está sendo pago e que estão recebendo ordens de despejo dos imóveis onde vivem atualmente.
De acordo com o vereador Daniel do Irineu, do partido Progressistas, hoje vice-presidente da CPI, os prejuízos são da ordem de até R$ 10 milhões.
" Foi confirmado pelo próprio prefeito Alex de Freitas que o desvio chega a R$ 4 milhões. A gente suspeita que esse desvio pode até dobrar ou chegar na casa dos R$10 milhões, porque o Bolsa Moradia é um programa muito vultuoso e, após o período das chuvas no início do ano, foi ampliado de maneira inimaginável", afirma.
O procurador-geral de Contagem, Marius Carvalho, no entanto, acredita que o valor apontado pelo vereador não passa de futurologia.
"Essa questão que o valor pode ser maior de R$10 milhões é futurologia, é chute. Não há nenhum indício nesse sentido. Nós vemos com tranquilidade a CPI, porque é papel do Legislativo fazer a fiscalização", finaliza.