Por Itasat
Os moradores dos bairros no entorno do Aeroporto da Pampulha receberam com preocupação a informação da possível transferência de voos do Aeroporto Carlos Prates, que deve ser desativado até dezembro de 2021.
A Associação de Moradores da Pampulha acredita que, além de transferência de voos particulares do Carlos Prates para a Pampulha, o poder público vai transferir também o problema de um lugar para o outro.
O presidente da Associação de Moradores da Pampulha, Rogério Miranda, diz que a população no entorno do aeroporto já sofre há anos com a poluição sonora. Para ele, além dessa questão do som, as pessoas que vivem na região vão viver com medo do risco de acidentes aéreos.
“Essa transferência acrescenta uma carga a mais de poluição sonora na população que aqui vive. São milhares de voos que o Aeroporto Carlos Prates recebe mensalmente. Todos eles são de aeronaves pequenas e que fazem muito barulho, né?! Além do mais, vão ter um risco maior de acidentes. Isso porque, como já se observou, no aeroporto Carlos Prates existe maior risco de queda de aeronaves porque os veículos que partem de lá contam com manutenção precária e pilotos inexperientes”, afirmou Miranda.
Sobre uma possibilidade de entrar com uma ação na Justiça para tentar barrar a decisão do Ministério da Infraestrutura, o presidente da associação diz que pretende conversar com o governo do estado primeiro. “Após o feriado, já na semana que vem, pretendemos formar um comitê para levar adiante a discussão desse tema. O mais importante é buscar uma negociação, uma discussão desse tema, e falar diretamente com o governo estado”, declarou.
Aeroporto Carlos Prates desativado
O aeroporto Carlos Prates, localizado no bairro Jardim Montanhês, na região Noroeste de Belo Horizonte, vai ser desativado até dezembro de 2021. A informação foi divulgada na manhã desta quarta-feira (2) pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, durante reunião online com deputados federais da bancada mineira.
O Aeroporto Carlos Prates foi construído na década de 1940 e ocupa uma área de quase 580 mil metros no bairro Jardim Montanhês, na região Noroeste de Belo Horizonte. Em todos esses anos de existência, o terminal acumula várias reclamações de moradores vizinhos que convivem com os registros de várias aeronaves de pequeno porte que caíram na região e tinham como destino ou partida o aeroporto.