Carlos Rocha diz que falência do Cruzeiro é última opção e pede ajuda dos torcedores

A possibilidade de decretar falência do Cruzeiro, aventada pelo CEO do clube, Vittorio Medioli, na quinta-feira (26), assustou os torcedores celestes. No entanto, essa é a última opção do Núcleo Dirigente Transitório para tentar resolver os problemas das dívidas do clube, de acordo com Carlos Ferreira Rocha, um dos responsáveis pelo marketing e publicidade na nova gestão.

“O que o Medioli quis dizer é que essa possibilidade existe. Mas, a nosso ver, essa possibilidade é a última instância, ela não está em primeiro lugar. Evidentemente, temos uma S/A (clube-empresa), uma lei que está no Senado para ser votada, são coisas futuras, de médio a longo prazo”, tranquilizou.

O empresário disse que o grupo já pensa em um novo programa de sócio para captar dinheiro de imediato para quitar as dívidas que precisam ser pagas nos próximos meses.

“Existem os valores a curto prazo, de imediato. Esses valores a gente espera (conseguir) junto ao programa de sócio-torcedor. A gente conta também com outros empresários, que têm a intenção de nos ajudar”, disse.

Carlos Rocha afirmou que o apoio do torcedor do Cruzeiro será fundamental na reconstrução do clube. “Hoje, nós precisamos de ações efetivas e emergenciais, que demandam a ajuda do torcedor. Não podemos ficar imaginando que faremos mágica no Cruzeiro e que vai cair do céu esse dinheiro. Não vai. Precisamos contar com o torcedor, ele está do nosso lado, o cruzeirense é apaixonado e nós precisamos dele”, afirmou.

“Gostaria de fazer um apelo ao torcedor cruzeirense que engaje nessa campanha do sócio-torcedor. Faremos ações paralelas também, temos a ideia de uma contribuição do torcedor com um mural lá na Toca da Raposa com os nomes de quem ajudou para eternizar esses torcedores na vida do Cruzeiro”, completou.

Além do sócio-torcedor, Carlos Rocha não soube dizer de onde virá o dinheiro para aliviar momentaneamente a situação do clube. “É uma pergunta difícil. Eu vou falar que o dinheiro vai vir do Zé das Quantas, não é, não tem como eu falar isso para você de imediato. Mas existe um trabalho sério, as pessoas que estão lá estão comprometidas, largaram as suas empresas para cuidar do Cruzeiro. Eu tenho absoluta certeza que nós iremos conseguir resolver essa questão. Mas não consigo responder de onde virá o dinheiro”, frisou.