Por Itasat
O calvário de trabalhadores que dependem da perícia do INSS para ter acesso a benefícios continua nesta quinta-feira. A reportagem da Itatiaia foi conferir a situação nas agências do INSS do bairro Padre Eustáquio, região Noroeste de Belo Horizonte, e do Centro, na rua Espírito Santos. Segundo o INSS, as duas estão preparadas para a realização de perícias. No entanto, trabalhadores continuam sem o serviço, mesmo com o agendamento confirmado.
É o caso do pedreiro Ademar Lima Jardim, 48 anos. Ele lesionou a coluna e o ombro durante o trabalho, está impossibilitado de continuar em atividade e precisa passar pela perícia. Agendou o exame, pegou ônibus lotado, mas ao chegar na agência do bairro Padre Eustáquio foi informado que teria de reagendar.
“É complicado, porque os ônibus começou (sic) a rodar hoje era 6h. Tudo lotado. A gente chega e acontece isso. Machuquei o ombro também. Está frágil. Qualquer coisinha que pego ele sai do lugar”, disse o trabalhador. Em razão da onda de ataques a ônibus na Grande BH (cinco foram incendiados neste mês), os coletivos iniciaram a circulação a partir das 6h.
Ademar, que está com o atestado de 15 dias vencido, terá que remarcar a perícia, mesmo sem saber se será atendido. Isso porque há uma briga entre o INSS e os peritos.
Por meio de nota, o INSS informou as agências visitadas pela reportagem da Itatiaia estão preparadas para a realização de perícia, com todos os protocolos de prevenção à covid-19 adotados. Já a Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais diz que os médicos vão retomar o trabalho quando tiverem segurança nas questões de saúde. Enquanto isso, cidadão fica sem atendimento.