Por Itasat
O homem, de 24 anos, que é suspeito de matar o filho a facadas na casa dele em Betim, na Região Metropolitana, no dia 7 de setembro deste ano, teria assassinado o próprio filho para punir a ex-companheira dele e mãe da vítima por não reatar o relacionamento com ele.
Essa é a conclusão do inquérito policial que apurou o caso e foi divulgado pelo delegado Leonardo Mota, titular da Delegacia de Homicídios de Betim, nesta sexta-feira (18). “Esse é um crime passional. Quando ele não conseguiu seu objetivo, que era reatar o relacionamento com a ex-companheira, ele se aproveitou de um momento de fragilidade e tentou punir ela agredindo o próprio filho. A própria mãe contou que o relacionamento de pai e filho era bastante saudável. Inclusive, o filho pedia para ficar na companhia do pai”, revela o delegado.
Leonardo Mota diz acreditar que a intenção do suspeito no dia do crime era atacar a ex-mulher. “Eu acredito que o objetivo dele era agredir a mãe da vítima. Ele tentou chamá-la para sair. Diante da negativa dela, ele tentou puni-la atingindo o próprio filho”, esclareceu. A mãe do próprio suspeito tinha medo de que o filho cometesse algum crime. “A ex-companheira dele não aceitou o encontro porque a ex-sogra dela e mãe do suspeito contou pra ela que tinha medo de que o filho fizesse alguma coisa contra ela. Isso porque o autor já tinha mencionado para mãe que queria fazer alguma coisa com a ex”, explicou o delegado.
Apesar de ter medo por ela, a mãe da criança não imaginava que o ex-companheiro faria algo contra o próprio filho. “A convivência de pai e filho era muito sadia e ela não se opunha. Era um fim de semana normal e ela nunca imaginou que pudesse acontecer qualquer coisa do tipo. Isso porque nunca teve um histórico de maus tratos”, contou o delegado.
Crime
De acordo com o laudo necropsial, a criança foi atingida por várias facadas. “Foram atingidas as partes anterior e posterior do tórax. Ele teve uma quebra de costela, Além da perfuração do pulmão e do coração da criança”, contou o delegado.
Sobre a mãe do suspeito, o delegado afirma que ela não teve qualquer participação. “Antes do crime, ela viu que a criança estava dormindo no colo do pai. Ela tentou tirar o neto dos braços do filho, mas foi dissuadida por ele que não permitiu. Como a avó viu que a criança estava dormindo, ela achou que a situação estava contornada e que não aconteceria nada. Dessa forma, ela foi dormir e só acordou com os gritos da criança”, detalhou o delegado.
Após o crime, ele tentou se matar com várias facadas no abdômen. Ele ficou em um tratamento intensivo por sete dias após o crime e segue internado.
“Nós diligenciamos no hospital assim que ele foi para o quarto e ele conversou com bastante dificuldade. Acompanhado do advogado, durante a diligência, ele preferiu fazer uso do direito de ficar em silêncio”, lembrou o advogado.