Por Itasat
Os Estados Unidos entram no quarto dia de apuração da eleição com Joe Biden mais próximo de vencer Donald Trump. Nessa sexta (6), o democrata passou à frente do presidente na Pensilvânia. Se confirmar a vitória no estado, ele terá mais de 270 votos no colégio eleitoral e será o próximo presidente americano. Biden tem 15 mil votos a mais do que Trump no estado, mas restam cerca de 100 mil cédulas pendentes e a apuração pode levar "alguns dias" para ser concluída, segundo autoridades locais.
Os votos que faltam, no entanto, tendem a favorecer o democrata, pois são de Filadélfia, Pittsburgh e arredores, redutos do partido. Com a diferença estreita entre os dois candidatos, os resultados na Pensilvânia ainda não foram suficientes para saber quem venceu no estado. Biden tem 253 delegados no colégio eleitoral. Os 20 votos da Pensilvânia encerrariam a disputa.
Ganhar a Pensilvânia seria emblemático para os democratas — e especialmente para Biden, que nasceu no estado. Nessa sexta-feira, quando ele assumiu a liderança na Pensilvânia, eleitores do democrata fizeram uma festa nas ruas da Filadélfia, com música e dança em frente ao centro de convenção onde os votos são contabilizados. Protestos contra a apuração e a favor de Trump também aconteceram no local.
Outros dois estados devem divulgar resultados nos próximos dias: Arizona e Nevada. A Geórgia, onde Biden lidera por 1,5 mil votos anunciou nessa sexta que a margem pequena provocará uma recontagem após a apuração. Será o segundo estado a recontar os votos — o outro é Wisconsin, onde Biden venceu por 30 mil votos.
Nessa sexta, após Biden tomar de Trump a liderança na Pensilvânia, o Partido Republicano entrou com uma ação na Suprema Corte americana pedindo a separação das cédulas enviadas pelo correio e recebidas após o dia da eleição e a suspensão da contagem desses votos. É a primeira ação ligada à eleição levada ao mais alto tribunal dos EUA após a votação.
"Se os conselhos eleitorais dos condados contarem, e não separarem as cédulas que chegam atrasadas, podem tornar impossível para este tribunal reparar os resultados eleitorais contaminados por cédulas apuradas ilegalmente, fora do prazo ou enviadas pelo correio", afirmam os advogados republicanos na ação.