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Oswaldo Eustáquio

Atos antidemocráticos: ministro determina prisão domiciliar de blogueiro bolsonarista

Oswaldo Eustáquio viajou para São Paulo sem autorização e fez postagens nas redes sociais

17/11/2020 10h37
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Por Itasat

O blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio é alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta terça-feira, em Brasília. onde reside. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou buscas na casa de Eustáquio e a prisão domiciliar dele, com uso de tornozeleira eletrônica.

A operação desencadeada nesta terça-feira ocorre no âmbito do inquérito que investiga a organização e o financiamento de atos antidemocráticos, que tem relatoria de Alexandre de Moraes. Conforme a decisão, o blogueiro viajou para São Paulo sem autorização e fez postagens nas redes sociais, o que estava proibido pelo STF. 

O youtuber Oswaldo Eustáquio integrou a equipe de transição do presidente Jair Bolsonaro, quando trabalhou na assessoria de comunicação. A mulher dele, Sandra Terena, também teve cargo no governo: ela foi secretária nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado por Damares Alves.

Eustáquio chegou a ser preso temporariamente no âmbito do inquérito. Ele também teve o sigilo financeiro e bancário quebrado por ordem de Moraes. O youtuber é amigo pessoal de Sara Fernanda Giromini e Fernando Lisboa, que também são investigados.

O inquérito dos atos antidemocráticos foi aberto em abril, a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, depois que manifestações defendendo a volta da ditadura militar, intervenção das Forças Armadas e atacando instituições democráticas marcaram as comemorações pelo Dia do Exército em diferentes cidades do País. A realização de atos simultâneos, com carros de som e peças de propaganda ‘profissionais’, nas palavras da Procuradoria, ensejaram a apuração sobre a organização, divulgação e o financiamento desses eventos.

Além dos protestos físicos, o suposto lucro obtido por blogueiros, influenciadores e youtubers de direita com a transmissão ao vivo dos protestos chamou atenção do Ministério Público Federal (MPF). A suspeita é que parlamentares, empresários e donos de sites bolsonaristas atuem em conjunto em um ‘negócio lucrativo’ de divulgação de manifestações contra a democracia.