Por Itasat
O ataque hacker sofrido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no último domingo (15), dia das eleições municipais, é de dano desconhecido, conforme avaliação do professor Vagner Meira, do departamento da Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). De acordo com ele, o impacto pode ter sido mais prejudicial do que o informado pelo governo federal.
“O que chega à imprensa e à população, em geral, é apenas parte do que foi os ataques. Nós não sabemos, realmente, em muitos dos casos, qual a extensão deles. Muitas vezes nem as instituições sabem o quanto foi afetado mesmo após dias ou semanas”, diz. Além do TSE, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Ministério da Saúde foram alvos recentes.
“Infelizmente esses ataques não são uma novidade. Eles já acontecem há muito tempo em diferentes intensidades e afetando diferentes instituições. Muitas vezes ocorre roubo de dados, informações dos clientes são roubados. O uso que se faz dessas informações é muito incerto”, detalha.
Conforme o professor, entre os usos mais comuns está a execução de outros crimes, como obtenção de dados de cartões de créditos e prática de estelionato. Ele explica que, em muitas das vezes, os golpes acontecem nas instituições porque membro da empresa abriu determinado conteúdo que expôs a segurança do restante da organização.
“Tomarmos cuidados com os e-mails que abrirmos, mantermos os antivírus atualizados nas máquinas, evitarmos de entrar em páginas ou sites que sejam esquisitos, com mensagens chamativas. Com isso vamos evitar a propagação dos vírus e dos ataques”, alega.
“Infelizmente a tecnologia tem esse outro lado, mas nem por isso ela vai deixar de beneficiar a sociedade. Basta termos cuidados”, conclui.