Por EBC
A recontagem dos votos na Geórgia confirmou a vitória do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, a primeira de um candidato democrata no estado desde 1992, com Bill Clinton.
De acordo com a apuração manual, Biden obteve 2.475.141 votos (49,5%), contra 2.462.857 de Donald Trump (49,3%), uma diferença de 12.284 entre eles. O resultado é similar ao da primeira contagem, feita por máquinas, quando a vantagem do democrata havia sido de cerca de 13,5 mil votos.
Oficiais do estado, que é governado pelo Partido Republicano, o mesmo de Trump, ainda disseram que a auditoria confirmou a inexistência de fraudes e irregularidades. "A histórica primeira auditoria na Geórgia reafirmou que o novo sistema de contagem de votos apurou e reportou os resultados corretamente", disse o secretário de Estado Brad Raffensperger.
A Geórgia é responsável por 16 dos 306 votos de Biden no colégio eleitoral, enquanto Trump conquistou 232. Esse é o mesmo placar da eleição de 2016, quando o magnata venceu Hillary Clinton.
Biden conseguiu ganhar no estado graças a uma participação massiva do eleitorado negro em subúrbios de áreas urbanas, como Atlanta, após um intenso trabalho do Partido Democrata para registrar votantes.
A Geórgia ainda será decisiva para definir o controle do Senado, com o segundo turno da eleição que escolherá seus dois representantes, no início de janeiro.
Em um fato sem precedentes na história recente americana, Trump ainda não admitiu a vitória de Biden e vem impondo obstáculos ao processo de transição de governo. A equipe do presidente já tentou diversas ações judiciais para bloquear a apuração em estados onde ele estava em desvantagem, sempre sem sucesso.
O advogado do magnata, Rudy Giuliani, chegou a aventar uma suposta conspiração envolvendo "dinheiro dos comunistas" para tirar Trump da Casa Branca, mas não apresentou prova.