Forte vidros
Giro Luvas
Rodas
RR 2023 02
Loc moral
Loc moral 3
Breno
Gráfica
Ótica santa luzia
Ramses
Quality
Sicoob
RR MÍDIA 3
Patente
Ótima
Chama!!!
Pontual
Optima seguros
em Divinópolis

'Sou moreno, bem puxado pra um negro', diz fotógrafo acusado de racismo em Divinópolis

Sarah Policarpo de Oliveira mora em Itaúna e foi até Divinópolis para fazer a identidade dela e da filha

24/11/2020 10h56
Por:

Por Itasat

A Polícia Civil (PC) vai investigar um possível crime de racismo cometido por um fotógrafo de Divinópolis, na região Centro-Oeste de Minas, contra uma mulher de 25 anos, quando ia tirar fotos para documentos.

Sarah Policarpo de Oliveira, de 25 anos, mora em Itaúna e foi até Divinópolis para fazer a carteira de identidade dela e da filha, de apenas três anos.

Ela reclama que após tentativas de tirar o documento na Unidade de Atendimento Integrado (UAI), onde recursaram as fotos que trouxe de casa, foi tirar as fotos novamente em um estúdio da cidade, e acabou tendo parte de seu cabelo cortado no photoshop, com o argumento dado pelo fotógrafo que “só permitiam cabelos baixos” para as fotografias, o que deixou Sarah ofendida.

De acordo com Sarah, uma menina de 5 anos também teria passado por situação semelhante com o mesmo fotógrafo.

"Eu estava esperando o fotógrafo terminar de editar foto de outra mulher e ele falou que teve que esconder o cabelo da menininha dela. Quando foi a minha vez ele foi falou pra eu 'abaixar um pouco' meu cabelo porque ele não ia poder aparecer 'assim' na foto não", conta.

Procurado, o fotógrafo Wanderson Ferreira se defendeu das acusações. 

"Eu peço ela para se arrumar simplesmente para poder ajudar as pessoas. Eu uso photoshop só para tirar o fundo, então na hora que amplia ela de 80%, ela corta o cabelo. Meu pai é negro, minha avó é negra, minha bisavó é negra. Eu sou moreno, bem puxado pra um negro mesmo. Então isso [racismo] não acontece de forma alguma, eu não admito".

Por meio de nota, a Polícia Civil de Minas Gerais afirmou que cabelo ou penteado não interferem na confecção do documento de identificação, e que as fotografias levadas por Sarah e pela outra mulher não seguiam as recomendações do Instituto de Identificação. De acordo com o esclarecimento, é este o responsável por estabelecer “padrões técnicos mínimos para a fotografia a ser utilizada no processo de carteiras de identidade civil”.