Perseguição policial termina com duas inocentes feridas na Vila Mariquinha, em BH

Por Itasat

Uma adolescente e uma criança foram baleadas na Vila Mariquinha, no bairro Juliana, na região Norte de Belo Horizonte, durante uma perseguição policial. 

O patrulhamento da Polícia Militar perseguia um motociclista que entrou no aglomerado na tentativa de fugir. De acordo com a corporação, o suspeito teria indicado que estaria armado e um dos policiais atirou.

Uma adolescente, de 15, e uma menina, de 11, foram atingidas na perna. Elas foram encaminhadas para o Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova, onde receberam atendimento médico e foram liberadas horas depois.

Em conversa com a Itatiaia, uma moradora, que preferiu não ser identificada, explicou que não estava no local no momento, mas ficou preocupada pelo filho que estava na região. “Uma amiga minha me ligou e falou que tinham dado tiros lá. O meu menino estava no salão cortando cabelo. Eu fiquei preocupada. Quando cheguei lá, o meu filho contou que duas crianças tinham sido baleada e ele estava do lado delas”, explicou a mulher.

A moradora ainda contou que o suspeito, que estava sendo perseguido, não mora na região. “Pelo visto, ele (suspeito) não mora lá.  Ninguém reconheceu ele lá. Por mais que a gente more na periferia, tem que ter respeito porque na favela também tem trabalhador. Não tem só bandido. Não pode acertar duas crianças inocentes”, alega.  

Polícia Militar

O tenente Vinícius Reis, lotado no 13º Batalhão da Polícia Militar, explica que as jovens foram feridas acidentalmente. 

“Houve uma perseguição policial em que o cidadão havia fugido em uma motocicleta de uma guarnição. Após uma longa perseguição policial, o infrator caiu ao solo e iniciou uma fuga a pé. Neste momento, o militar percebeu que esse infrator estava armado e realizou um disparo de arma de fogo no qual infelizmente veio a atingir duas crianças, que estavam próximas”, explicou.

O militar ainda garantiu que as famílias foram amparadas.  “Prontamente, as vítimas foram socorridas ao Hospital Risoleta Neves, onde receberam os primeiros cuidados e, posteriormente, foram liberadas. As famílias receberam o apoio e assistência da Polícia Militar, inclusive, nas despesas com medicamentos”, afirmou.

O tenente ainda explicou que o policial responsável pelo disparo vai responder pelo ocorrido. “Será realizado o auto de prisão em flagrante do militar. A autoridade judiciária militar irá ratificar ou não a prisão. Posteriormente, todo esse processo será encaminhado à Justiça, que vai dar andamento ao processo.