Por Itasat
O fundador da rede de lojas Ricardo Eletro, Ricardo Nunes, foi denunciado pela segunda vez por crime tributário pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) nesta sexta-feira (11). Os crimes, de acordo com o MP, foram cometidos entre maio de 2016 e novembro de 2019.
Segundo a denúncia, Ricardo Nunes e um diretor, são acusados de terem utilizado a empresa para apropriação de cerca de R$ 120 milhões, que seriam devidos ao Estado de Minas Gerais, a título de ICMS.
A prática foi reconhecida em 2019 como crime tributário pelo Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que o valor do ICMS seria pago pelo consumidor à empresa, que, no entanto, não repassaria ao Estado, se apropriando do dinheiro. Conforme apurado, esses valores eram reinvestidos na própria estrutura empresarial, aumento a margem de lucro dos sócios e diretores.
Ricardo Nunes ainda está sendo investigado por crime de associação criminosa e lavagem de dinheiro. Se acatada a denúncia oferecida pelo MP, ele poderá ser condenado a penas maiores do que quatro anos de prisão.
Relembre
A Ricardo Eletro foi objeto da Operação 'Direto com o Dono', realizada em julho deste ano, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão contra o fundador da empresa e de sua filha mais velha.
Além disso, um patrimônio de cerca de R$ 60 milhões em imóveis foi sequestrado judicialmente e encontra-se à disposição da 3ª Vara Criminal de Contagem.