Por Itasat
'Ela saiu linda de casa e me devolveram no caixão'. A frase é de Miriam Rose Pimentel Martins, que é mãe da estudante Isadora Pimentel Martins, que tinha 18 anos, quando morreu em um acidente de carro, que teria sido provocado pelo namorado dela. Além da jovem, Leonardo Ono de Moura, que tinha 19 anos e era amigo do casal, também morreu na batida. Um outro passageiro do veículo acidentado ficou ferido e teve um dos dedos do pé amputado.
O namorado de Isadora é suspeito de dirigir embriagado, de participar de um racha (disputa entre carros em alta velocidade) e provocar a batida, que terminou com a morte da jovem e de um amigo. O acidente ocorreu na madrugada do dia 11 de dezembro de 2016, na avenida Tancredo Neves, na região da Pampulha, em Belo Horizonte.
Quatro anos depois, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu que o namorado de Isadora vai a júri popular. O motorista vai ser julgado por duplo homicídio e lesão corporal gravíssima.
Apesar de informar que o condutor vai ser julgado, a Corte explicou que ainda não há uma data para a realização do julgamento.
Família de Isadora
Em conversa, Miriam Rose Pimentel Martins diz que o suspeito deve “colher o que plantou”.
“O que vai resultar desse júri popular é a consequência de um ato errado. Não sei usar a palavra certa, mas a gente colhe o que a gente planta. Não sei o que ele vai colher porque o vazio e o estrago que ele fez em duas famílias não vai mudar. O que nós queremos é que a Justiça seja cumprida”, afirma.
Miriam pede que os membros do júri se compadeçam da sua dor no momento de avaliar os fatos que levaram ao acidente, que matou a Isadora.
“Vai um pedido de mãe. Que esse júri popular coloque um pouquinho de sensibilidade na hora do julgamento porque a dor de perder um filho, no meu caso, minha única filha, é sem dimensão”, solicita.