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Plano de imunização

OAB estuda pedir impeachment de Bolsonaro por demora na vacinação contra a covid-19

O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, disse que o assunto será tratado pelo Conselho Federal da entidade assim que houver o controle da pandemia

29/12/2020 08h41
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Por Itasat

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) deve discutir a possibilidade de pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro por conta da demora do governo federal em começar a vacinar a população brasileira contra a covid-19.

A afirmação partiu do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, que disse que o assunto será tratado pelo Conselho Federal da entidade assim que houver o controle da pandemia. Santa Cruz cobrou que a equipe de Bolsonaro dê início, de forma imediata, a uma campanha nacional de vacinação contra o coronavírus.

Antes de deixar a capital federal nesta segunda-feira com destino ao litoral de São Paulo, onde vai passar a virada do ano, Bolsonaro conversou com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada e disse que o processo de registro de vacinas contra a covid-19 não pode ser feito às pressas em função dos possíveis efeitos colaterais do imunizante.

Bolsonaro repetiu que não está preocupado com o início da campanha de vacinação no país, pois o processo depende da Anvisa. "Se eu vou na Anvisa e digo 'corre aí', vão falar que estou interferindo", completou o presidente.

Mourão

O vice-presidente da República, o general Hamilton Mourão, segue em isolamento no Palácio do Jaburu. Ele, que está com a covid-19, está sendo medicado com hidroxicloroquina, medicamento cuja comprovação científica não foi feita, com o vermífugo Anita e também o antibiótico azitromicina, além de remédios para dor e febre. De acordo com a assessoria de imprensa da Presidência da República, o estado dele é “bom”.

Voto impresso

Também nesta segunda, Bolsonaro voltou a defender o voto impresso. Ele se referiu à disputa da presidência da Câmara dizendo que apoia Arthur Lira, líder do Centrão. Bolsonaro ironizou a candidatura do deputado Baleia Rossi (MDB), que tem o apoio do atual presidente da Casa, o deputado Rodrigo Maia (DEM) e de parte da esquerda, e disse que a eleição da Câmara ocorre com o papelzinho quando, na prática, a disputa ocorre de forma eletrônica desde 2007.