Por Itasat
O time de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) que investiga as origens da pandemia do novo coronavírus desembarcou nesta quinta-feira (14), em Wuhan, cidade da China que é o marco zero da crise sanitária.
Após a chegada, os cientistas foram submetidos a exames RT-PCR e sorológicos e iniciaram um período de quarentena antes de começar suas investigações de campo com colegas chineses.
Durante as duas semanas de isolamento, os especialistas da OMS farão reuniões por videoconferência com cientistas do país.
A equipe é formada por 15 componentes, mas dois deles foram impedidos de viajar para Wuhan por terem testado positivo em um exame sorológico feito em Singapura.
"Dois cientistas ainda estão em Singapura para completar testes para Covid-19. Todos os membros da equipe tiveram inúmeros exames PCR e de anticorpos negativos em seus países de origem antes da viagem", explicou a OMS no Twitter.
A missão foi negociada durante meses e adiada em diversas ocasiões devido à sensibilidade do tema. Atualmente, a principal hipótese para a origem da pandemia é de que o coronavírus Sars-CoV-2 tenha surgido em morcegos e feito o salto de espécie por meio de um animal intermediário consumido por seres humanos.
Crescimento - A equipe da OMS chega a Wuhan em um momento de repique da pandemia na China, que registrou nesta quarta-feira (13) o maior número de novos casos do Sars-CoV-2 desde março (138) e a primeira morte por Covid-19 em oito meses, na província de Hebei, onde três cidades que totalizam 22 milhões de habitantes estão em lockdown.
Ainda assim, os números da China estão longe daqueles registrados em países ocidentais, que têm batido recordes diários de casos e mortes. A nação asiática totaliza 97.322 contágios e 4.796 óbitos na pandemia.