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Quarto reajuste do preço da gasolina em 2021 revolta motoristas de aplicativos: ‘Impossível trabalhar’

Combustível ficou 0,23 centavos mais caro nas refinarias e valor já é repassado para o consumidor final

19/02/2021 09h40
Por:

Por Itasat

O quarto aumento no preço do litro gasolina em menos de meses deixa motoristas revoltados. Os condutores de transporte por aplicativos estão entre os os que mais sentem o impacto. Com o reajuste anunciado nessa quinta-feira (18), pela Petrobras, o litro da gasolina passa de R$ 5,20 em vários postos de Minas Gerais. 

A alta acumulada somente em 2021 é de 34%. O preço do diesel, que também foi reajustado, subiu mais de 27% neste ano.“Vai aumentar mais 23 centavos. Impossível trabalhar com aplicativo, porque o lucro já é pouco, já não ganha muita coisa e com a gasolina aumentando desse jeito é impossível trabalhar com isso. Não vale muito a pena, pois tem risco de segurança e o combustível está caro. Se colocar na ponta da caneta, não vale a pena, não”, disse o motorista Reginaldo Santos, 33 anos.

Rodrigo Gomes do Carmo, 37 anos, motorista de aplicativo há 5 anos, classifica a disparada nos preços como absurda. “Rodo de 300 a 400 quilômetros todos os dias e esse aumento, no meu bolso e no meu orçamento, vai ter um custo de, aproximadamente, R$ 270 a R$ 300 por mês. Vou ter que trabalhar, no mínimo, de duas a três horas por dia para suprir esses gastos. É irreal no Brasil, em Minas Gerais, em Belo Horizonte o custo de vida que estamos levando de taxa, tributos e impostos”. 

ICMS

Paulo Miranda Soares, presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) defende a unificação do ICMS, mas ressalta que a medida não terá impacto na redução dos preços para o consumidor. 

“Acho que não vai reduzir preço para o consumidor. Essa intenção dos caminhoneiros de reduzir o preço do diesel acho que não vai ocorrer, porque o preço da Petrobras está lastreado no mercado internacional e o que encarece mesmo são os impostos. A importância da alíquota única nos estados é ter uma certa previsibilidade e também diminuir as fraudes que existem de um estado para outro", disse.

Além do ICMS e do PIS/COFINS, Paulo cita outras questões que impactam no preço do combustível.

“O ICMS tem um custo muito alto no preço do combustível. Vou citar o caso da gasolina de Minas Gerais, que tem 31% de imposto. Então você imagina que lá na refinaria da Petrobras o litro custa dois reais e pouquinho, mas aí o consumidor tem que pagar mais R$1,51 de ICMS e mais R$ 0,79 de PIS/COFINS do governo federal. Fora que a gasolina no Brasil tem 27% de álcool anidro, que custa mais caro que o preço da refinaria. O óleo diesel, por exemplo, tem 12% de biodiesel, que custa o dobro do preço da refinaria. Tudo isso encarece o produto".

Já o advogado tributarista Thiago Lage considera complexo o projeto de lei que pode unificar a cobrança do ICMS para todos estados, uma vez que as alíquotas têm diferenças significativas.