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Racismo

Justiça determina soltura de advogada que ofendeu taxista e admitiu ser racista

Audiência aconteceu neste sábado no Fórum Lafayete

07/12/2019 13h24Atualizado há 5 anos
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A advogada Natália Burza Gomes Dupin, de 36 anos, acusada de injúria racial contra um taxista na região Centro-Sul de BH conseguiu liberdade provisória mediante pagamento de fiança no valor de R$ 10 mil. A decisão da Justiça foi tomada após audiência de custódia realizada na manhã deste sábado, no Fórum Lafayette, no bairro Barro Preto. A liberdade foi determinada pela juíza Roberta Chaves Soares.

Familiares e o advogado de Natália foram procurados pela reportagem da Itatiaia, mas não quiseram se manifestar.Natália estava presa desta a tarde de quinta-feira (5), quando o taxista Luiz Carlos Alves Fernandes, de 51 anos, acionou a Polícia Militar após ser ofendido.

“Essa senhora atravessou a avenida com o pai dela, até com dificuldades. Ela passou olhando dentro do carro, aí eu fui e perguntei para ela se ela precisaria de um táxi, ela disse que precisava, mas que não anda com negro.”

Após ser repreendida pelo trabalhador, Natália teria reafirmado que não gostava mesmo de negros e que é racista. Além disso, cuspiu no pé do taxista. 
A Polícia Militar foi acionada e a suspeita teria xingado uma militar de sapatão e dito que ela era “uma merda”.

Uma irmã de Nathalia, que não quis de identificar, disse que a mulher sofre de transtornos mentais e que a família estava procurando um hospital para interná-la.  Garantiu ainda que a irmã não é racista. “Ela já teve mais de um namorado negro. Um deles é angolano, ele não é preto não, ele é azul.”