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Mulheres enganadas por site de pornografia receberão indenização de R$ 52 milhões

Justiça determinou que as jovens que participam dos vídeos não são atrizes

06/01/2020 09h12
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O site “GirlsDoPorn” foi acusado de coagir 22 mulheres, entre 18 e 22 anos, a participarem de filmes pornográficos nos Estados Unidos. Um juiz de San Diego, na Califórnia, determinou que a empresa terá que pagar 12,7 milhões de dólares às mulheres, o que corresponde a cerca de R$ 52 milhões.

Segundo o jornal estadunidense The Washington Post, a Justiça determinou que as jovens que participam dos vídeos não são atrizes e, sim, mulheres novas e amadoras que fizeram pornografia pela primeira e única vez. Elas foram recrutadas pelo site através de anúncios na internet, que procuravam por modelos e omitiam que o trabalho envolveria pornografia.

Ao responder aos anúncios, as jovens eram pressionadas e coagidas a participarem dos filmes pornográficos. Os responsáveis pelo site garantiram que os vídeos só seriam disponibilizados em DVDs que seriam comprados por colecionadores estrangeiros e que as identidades das mulheres não seriam reveladas.

Em vez disso, o “GirlsDoPorn” postou os vídeos no próprio site e no Pornhub, uma das maiores plataformas de filmes pornográficos do mundo. As jovens que apareciam nas filmagens foram fortemente assediadas e as imagens foram enviadas a seus familiares, namorados, treinadores esportivos, entre outros. Além disso, o site revelou os nomes e as redes sociais das mulheres na internet.

Desde 2016, as 22 mulheres lutam na Justiça contra o site. O advogado delas, Edward Chapin, declarou que a decisão representa uma vindicação para as jovens. “O que estamos comemorando não é o dinheiro. Elas estão felizes porque a justiça validou seus relatos e suas histórias. Elas finalmente sentem que alguém as ouviu, porque elas foram humilhadas, ridicularizadas, assediadas”, disse ele ao The Washington Post.