Por Itasat
A Polícia Federal irá ouvir o presidente da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), Pedro Bifano, sobre o inquérito que investiga a vacinação clandestina contra a covid-19 de empresários do setor de transporte de Belo Horizonte. O depoimento deve ocorrer na próxima semana.
Pedro Bifano não consta na lista dos vacinados na garagem da família Lessa e não está nas imagens que fazem parte do inquérito. Ao portal G1, ele disse que está sendo investigada a vacinação em outro condomínio de luxo no bairro Vila da Serra, em Nova Lima, na Grande BH. Ele alega que não foi até o local nos últimos três meses.
Bifano afirmou que um amigo chegou a oferecer uma dose de vacina, mas não soube informar se tinha relação com a falsa enfermeira.
Entenda o caso
O esquema de imunização clandestina em BH teria começado no dia 5 de março. O caso veio à tona após reportagem publicada pela revista Piauí no dia 24 de março apontar que empresários e políticos foram vacinados na garagem da empresa de ônibus Coordenadas.
No dia 6 de abril, a Itatiaia divulgou com exclusividade a informação de que a cuidadora de idosos também teria vacinado famílias em um prédio de luxo do bairro Gutierrez, na região Oeste da cidade.
Cláudia Mônica foi presa preventivamente no dia 30 de março e levada para a Penitenciária Estevão Pinto, em Belo Horizonte. No dia 3 de abril, a Justiça concedeu habeas corpus e concedeu liberdade provisória à cuidadora de idosos.
A Polícia Federal acredita que a imunização clandestina possa ter ocorrido em outras cidades mineiras e também fora do estado. A suspeita ganhou força após a Polícia Federal (PF) encontrar conversas no celular do genro da falsa enfermeira, que também faria parte do esquema criminoso, que indicam que ele teria ido até as cidades de Paracatu e Governador Valadares, em Minas, e em Aparecida de Goiânia, em Goiás.