Por Ascom Prefeitura
As obras da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Sete Lagoas estão em ritmo acelerado. O projeto executado pela Prefeitura - por meio do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) - é a realização de um sonho de mais de três décadas. O investimento total de R$ 72 milhões vai permitir a implantação da estação, que terá o maior alcance ambiental da história da cidade e vai melhorar a qualidade da água do sistema Rio das Velhas.
A obra é responsabilidade do Consórcio Sete Lagoas, formado pelas empresas Conata Líder, Infracon, RFJ, Sinarco, R&R e Dact, que venceu o processo licitatório realizado no ano passado e que permitiu a retomada do projeto. “Vamos tratar 100% do esgoto de Sete Lagoas. Um projeto desejado há mais de 30 anos por vários gestores está saindo do papel. Estamos cuidando da saúde das pessoas. Com muito trabalho, os resultados sempre aparecem”, comentou o prefeito Duílio de Castro.
A ETE começou a ser construída em 2018, mas a obra foi paralisada por conflitos contratuais entre o Município e a empresa contratada também por meio de concorrência pública. Um trabalho incansável da Prefeitura e do SAAE garantiu o investimento do Governo Federal, firmado pelo contrato n° 0424.406-56. “Com 12 meses de andamento dos trabalhos, em dezembro deste ano, a ETE estará apta a operar com uma capacidade aproximada de 40%. A execução do projeto continuará e, em 18 meses, a capacitação de operação será total”, explica o presidente do SAAE, Robson Machado.
INVESTIMENTO
O investimento total será de R$ 72.407.893,96, sendo R$ 63.798.243,03 (88,11%) de repasses do Governo Federal e R$ 8.609.650,93 (11,89%) de contrapartida do Município.
SITUAÇÃO ATUAL
Sete Lagoas coleta cerca de 97,5% de seu esgoto sanitário, mas somente 10% deste total são tratados por meio de mini-estações sob responsabilidade do SAAE. Os outros 90% são despejados “in natura” nas bacias do córrego dos Tropeiros e do ribeirão Matadouro, chegando até o Rio das Velhas. Por isso, a construção da ETE é o projeto de maior alcance ambiental da história de Sete Lagoas e, também, da região.
A ETE
O projeto vai implantar um sistema de interceptação unificando e sistematizando o esgotamento sanitário do município com a ETE. A capacidade inicial é de 510,73 litros/segundo, com projeção até 2035, quando a estimativa prevê Sete Lagoas com 294.182 habitantes. A ETE está sendo construída na comunidade de Areias, após o bairro Tamanduá, ocupando um terreno de aproximadamente 130.000 m². O empreendimento terá uma única unidade para atender às duas bacias hidrográficas da sede do município. O sistema de tratamento contará também com a construção de seis novos interceptores, perfazendo aproximadamente 31 km. O tratamento do esgoto sanitário será em duas fases, uma anaeróbica, constituída por reator do tipo UASB, e outra aeróbica, composta por filtros biológicos percoladores e decantadores secundários.