Por Itasat
A Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais afirma que não há motivo para pânico em relação à recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a suspensão da vacinação contra a covid-19 com o medicamento do laboratório AstraZeneca em gestantes e puérperas.
A presidente da associação, a médica ginecologista Cláudia Laranjeira, explica que o caso do possível evento adverso investigado pela Anvisa é um evento isolado.
“Isso (a suspensão) ocorreu por causa de um óbito de uma gestante que recebeu a vacina e morreu no Rio de Janeiro. Ela teve o óbito provavelmente devido à vacina. No entanto, essa reação não pode ser aferida única e exclusivamente a vacina. Esse óbito não é considerado ainda totalmente investigado. Por precaução, houve essa recomendação da Anvisa para que a vacina fosse suspensa para gestantes”, avalia.
Ela completa: “Nós também entendemos que essas vacinas podem ter o seu uso temporariamente interrompido até que os óbitos e as situações adversas graves sejam investigadas melhor. Ao fim dessas investigações, a suspensão pode ser revertida”.
A associação acompanha a aplicação do imunizante da AstraZeneca e orienta gestantes que tenham recebido a vacina. “Ainda não foi publicado número de gestantes que receberam a vacina em Minas. Em Belo Horizonte, não houve vacinação de grávidas com a AstraZeneca. Essas mulheres devem ficar realmente em observação, mas a gente deve evitar o pânico. Esse é o momento de confortá-las. É importante lembrar que as complicações da vacina são muito raras”, explica.