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Áudios obtidos pela Itatiaia mostram momento em que promotor ligou para hospital pedindo socorro para a mulher

André de Pinho foi preso de maneira preventiva no dia 4 de abril

13/05/2021 10h38
Por:

Por Itasat

A Itatiaia teve acesso exclusivo ao inquérito do caso Lorenza de Pinho. A investigação é realizada por uma força-tarefa formada pelo Ministério Público de Minas Gerais e a Polícia Civil para apurar as circunstâncias da morte da mulher, ocorrida no dia 2 de abril, no apartamento em que ela morava com a família no bairro Buritis, região Oeste de Belo Horizonte. 

A Itatiaia teve acesso ao áudio do momento em que o promotor André de Pinho ligou para o Hospital Mater Dei pedindo socorro para a mulher, alegando que ela estava passando mal. Durante a conversa, o promotor e a atendente parecem se conhecer. 

“Bom dia, é o André, tá boa?” (sic)

“Ei, André. Estou doida atrás de vocês. O que está acontecendo que vocês sumiram?”

“A Lorenza falou que não queria voltar em hospital mais, está passando mal e estou estou preocupado com ela aqui. Tem como mandar ambulância?”

“Tem. Como é que ela está?”

“Eu coloquei aquele oxímetro nela e não marcou nada. Eu estou preocupadíssimo.”

“Meu deus. Estou ligando para ela esses dias todos e não consegui falar com ela.”

“Ela não estava atendendo, só passando mal”

Depoimento

No depoimento prestado à força-tarefa, no qual a Itatiaia também teve acesso, André de Pinho deu a versão dele de como foi o momento da morte da companheira. No áudio, o promotor se mostra bastante abalado.

“O doutor Itamar saiu do quarto e falou que lamentava muito, que já tinha 40 minutos que eles estavam tentando estabilizá-la e que não tinham conseguido. Ele falou que ela estava muito difícil de entubar e que tinha acabado de declarar o óbito dela.”

Prisão preventiva 

André de Pinho foi preso de maneira preventiva no dia 4 de abril. Nessa quarta-feira (12), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu, por unanimidade, pela manutenção da prisão preventiva do promotor, indiciado pela morte da esposa Lorenza Maria Silva de Pinho.

A investigação da Polícia Civil e do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apontou que o promotor de Justiça matou a própria esposa asfixiada. O inquérito do caso mostra que os problemas de saúde de Lorenza e as dificuldades financeiras do casal motivaram o crime. 

O casal possui cinco filhos, de 2, 7, 10, 15 e 16 anos, que estão sob os cuidados de um médico amigo da família.