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Filho do presidente

Flávio tenta fazer defesa de Bolsonaro na CPI da covid-19 e contornar fala sobre 'gripezinha'

"O que vejo aqui é um negacionismo do óbvio", disse o senador e filho do presidente

19/05/2021 10h01
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Por Itasat

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) compareceu ao depoimento do ex-chanceler Ernesto Araújo à CPI da Covid para tentar fazer uma defesa do pai, Jair Bolsonaro, na condução do enfrentamento à pandemia. Prestando solidariedade a famílias enlutadas e destacando o número de recuperados, Flávio buscou contornar a declaração polêmica de Bolsonaro, que classificou a covid-19 como uma "gripezinha", e afirmou que a CPI tenta "antecipar" 2022, em alusão a disputa eleitoral do próximo ano.

"Não leve a mal [Ernesto Araújo] algumas pessoas que vêm se manifestar, porque alguns ainda não aceitaram resultados das urnas", disse Flávio, o último senador a falar na CPI nesta terça-feira (18). "Bolsonaro foi eleito para redirecionar, sim, a política externa do país", afirmou o senador.

Ele usou uma característica frequentemente empregada para descrever o presidente, atribuindo-a aos colegas da oposição. "O que vejo aqui é um negacionismo do óbvio. Fatos estão colocados. Temos internet e meios alternativos que inviabilizam o monopólio da narrativa dos grandes veículos. O Brasil já dispõe de mecanismos para checar o que é fake news", afirmou Flávio, para quem as relações internacionais não foram comprometidas por questões ideológicas que envolvem o governo Bolsonaro.

Sobre as declarações do presidente, chamando a covid-19 de "gripezinha", Flávio afirmou que Bolsonaro se referia a uuma experiência própria com a doença. "Sempre disse que no caso dele, especificamente, as consequências seriam gripezinha", relatou. Uma das ocasiões em que Bolsonaro usou o termo, minimizando os efeitos da doença, foi durante pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, em 24 de março. Na ocasião, vinculou os sintomas à sua capacidade física.

"A discussão sobre origem do vírus, tem muita água para rolar embaixo dessa ponte. Há investigações em todo o mundo. Nada está descartado ainda. Aí se demoniza quem fala que é vírus chinês, mas são as mesmas pessoas que não se incomodam em dizer que quando houve cepa imputada ao Brasil, não tem pudor em dizer que é a cepa brasileira", concluiu Flávio.