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Crise no Irã

Após ataque do Irã, Trump diz que 'tudo está bem' e que EUA ainda avaliam danos

No Twitter na noite da terça-feira para comentar os ataques a míssil feitos a duas bases militares

08/01/2020 14h06
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou sua conta oficial no Twitter na noite da terça-feira para comentar os ataques a míssil feitos a duas bases militares que abrigam tropas americanas, no Iraque. Trump minimizou os efeitos dos bombardeios, que partiram do Irã, e escreveu que "tudo está bem". 

O norte-americano, no entanto, diz que informações sobre vítimas e danos materiais ainda estão sendo levantadas nos locais atingidos. O governo americano ainda não confirmou se houve mortes ou feridos entre suas tropas no local. 

"Até agora, tudo bem", tuitou Trump, às 23h50 (horário de Brasília). "Mísseis lançados pelo Irã em duas bases militares no Iraque. Avaliação de baixas e danos acontecendo agora. Por enquanto, tudo bem", disse. "Nós temos a mais poderosa e bem equipada força militar em qualquer lugar do mundo, de longe."

Trump informou, ainda que fará um pronunciamento nesta quarta-feira, 8, sobre o ataque. A cúpula de assessores mais próximos ao presidente se reuniu na Casa Branca logo após o bombardeio, que atingiu as bases militares de Ain Al-Assad, no oeste do Iraque, e em Irbil, no norte do país. As bases pertencem às Forças Armadas do Iraque e abrigam militares dos Estados Unidos. 

A presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, afirmou, também no Twitter, que está monitorando de perto a situação após o ataque as bombas no Iraque. Ela criticou provocações ao Irã feitas por Trump. "Precisamos garantir a segurança dos nossos cidadãos em serviço, incluindo terminar com provocações sem necessidade do governo e exigir que o Irã cesse sua violência."

Ela disse, ainda, que os Estados Unidos e o mundo "não podem se permitir uma guerra".

Ataque

Ao menos duas bases com soldados americanos no Iraque foram atacadas com mísseis balísticos disparados do Irã, segundo informou o Pentágono. Fontes do governo americano informaram que os ataques ocorreram a múltiplas localidades. Não há informação sobre vítimas americanas. Segundo o Pentágono, o Irã disparou mais de uma dezena de mísseis. 

Horas após o ataque, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohamed Javad Zarif, foi ao Twitter para afirmar que tratou-se de uma medida de legítima defesa do país. Desde a operação americana em Bagdá no dia 2 que levou à morte do general iraniano Qassin Suleiman, o Irã vinha prometendo que revidaria. 

"O Irã adotou e concluiu medidas proporcionais de legítima defesa, de acordo com o Artigo 51 da Carta das Nações Unidas, a partir da qual foram lançados ataques armados covardes contra nossos cidadãos e altos funcionários", justificou ele, concluindo que o país não busca uma escalada do conflito ou guerra. "Mas nós vamos nos defender contra qualquer agressão."

Mais cedo, em seu canal no Telegram, a Guarda Revolucionária iraniana ameaçou atacar dentro dos EUA e as cidades de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e Haifa, em Israel, se Irã for bombardeado pelos EUA. "Dessa vez nós responderemos a você (governo americano) nos EUA."