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julgamento

Técnico de informática acusado de integrar quadrilha que cometia abortos em BH será julgado nesta terça

Julgamento de outra acusada de participação na mesma organização foi suspenso porque suspeita alegou estar com covid-19

08/06/2021 09h13
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Por Itasat

O técnico de informática acusado de participação em crimes de abortos praticados por dois médicos em Belo Horizonte vai ser julgado, a partir de 8h30, desta terça-feira (8), pelo Segundo Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, localizado na região Centro-Sul da capital mineira.

Os crimes foram descobertos em março de 2013 durante a Operação Vida, desencadeada após o Ministério Público de Minas Gerais investigar os indícios apontados por uma reportagem sobre abortos clandestinos em Belo Horizonte. 

Além do técnico de informática, os dois médicos, uma funcionária pública e um flanelinha foram acusados de envolvimento e formação de quadrilha especializada no crime de aborto.

 De acordo com o Ministério Público, a quadrilha fazia os abortos com o consentimento das gestantes em clínicas clandestinas da capital mineira e também em Diadema, cidade do interior de São Paulo. Além dos abortos, a organização criminosa vendia medicamentos controlados. 

Acusados

Em maio de 2017, os médicos que realizam o aborto foram julgados e condenados a um ano e sete meses e um ano e nove meses de prisão em regime aberto.  

O guardador de carros acusado, na época, de abordar e aliciar as gestantes também foi julgado e foi absolvido. 

Já a servidora pública, que trabalhava como supervisora de um hospital, acusada de indicar clientes para as clínicas, na ocasião, negou o crime e chegou a alegar para a polícia que apenas escrevia sobre o assunto para um blog.  

A investigação, porém, encontrou indícios da participação da mulher no esquema com base nas escutas telefónicas e em depoimentos de vítimas. A acusada seria julgada durante a audiência desta terça (8), mas alegou estar em isolamento social por ter sido infectada por covid-19.