Por Itasat
O técnico de informática acusado de participação em crimes de abortos praticados por dois médicos em Belo Horizonte vai ser julgado, a partir de 8h30, desta terça-feira (8), pelo Segundo Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, localizado na região Centro-Sul da capital mineira.
Os crimes foram descobertos em março de 2013 durante a Operação Vida, desencadeada após o Ministério Público de Minas Gerais investigar os indícios apontados por uma reportagem sobre abortos clandestinos em Belo Horizonte.
Além do técnico de informática, os dois médicos, uma funcionária pública e um flanelinha foram acusados de envolvimento e formação de quadrilha especializada no crime de aborto.
De acordo com o Ministério Público, a quadrilha fazia os abortos com o consentimento das gestantes em clínicas clandestinas da capital mineira e também em Diadema, cidade do interior de São Paulo. Além dos abortos, a organização criminosa vendia medicamentos controlados.
Acusados
Em maio de 2017, os médicos que realizam o aborto foram julgados e condenados a um ano e sete meses e um ano e nove meses de prisão em regime aberto.
O guardador de carros acusado, na época, de abordar e aliciar as gestantes também foi julgado e foi absolvido.
Já a servidora pública, que trabalhava como supervisora de um hospital, acusada de indicar clientes para as clínicas, na ocasião, negou o crime e chegou a alegar para a polícia que apenas escrevia sobre o assunto para um blog.
A investigação, porém, encontrou indícios da participação da mulher no esquema com base nas escutas telefónicas e em depoimentos de vítimas. A acusada seria julgada durante a audiência desta terça (8), mas alegou estar em isolamento social por ter sido infectada por covid-19.