Por Itasat
O presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, quebrou o silêncio e se pronunciou sobre o conturbado momento enfrentado por ele na gestão do clube. Em meio aos maus resultados dentro de campo e as dificuldades financeiras fora das quatro linhas, torcedores pediram a saída dele em protestos na Toca da Raposa II.
Leia na íntegra
Bom dia, Nação Azul
Antes de tudo, minha posição é de desculpas diante de toda essa lamentável sequência de fatos ocorridos, dentro e fora de campo. Sou muito grato por ser presidente do Cruzeiro e jamais farei desse momento delicadíssimo de nossa história, que herdamos de 2019 e se arrasta até os dias atuais, palanque para esconder erros ou jogar mais gasolina num corpo em combustão. Mesmo porque são poucos os dispostos a apagar esse incêndio sem pedir algo em troca. O que torna o nosso compromisso ainda mais difícil.
Quanto às manifestações dos últimos dias, acompanhei de perto. Escutei com muito respeito. Sabemos que nem todos são de coração ou isentos de interesses políticos internos do clube ou dos bastidores do universo do futebol, mas não cabe a mim julgar. Cabe ao presidente do Cruzeiro respeitar aos que protestam com o coração.
Aproveito para divulgar que em breve vou dar uma entrevista para que possa esclarecer ao máximo dúvidas e desconfianças. Sejam da arquibancada, das organizadas, grupos ligados a conselheiros, do interior de Minas Gerais e de qualquer lugar do mundo onde estiver um cruzeirense.
Quanto aos áudios editados e publicados, tenho duas explicações. A primeira é dizer que também acho impróprias palavras e expressões expostas. Eu ou qualquer outra pessoa podemos mudar a forma de dizer algo quando estamos num ambiente informal e quando acreditamos estar em uma conversa franca com pessoas que damos confiança e respeito. Eu dei. Recebi e conversei abertamente com diversos grupos de torcedores recentemente, por várias horas, em nossa sede.
Em segundo lugar, lamento ver que essas expressões ditas no calor de uma conversa informal tenham sido usadas fora do contexto. Como, por exemplo, ver a narrativa de me tornarem uma pessoa violenta, quando na verdade respondia a insinuação de violência contra minha esposa e filhos. Mas vou me limitar a lamentar o fato e, de novo, desculpar-me com todos que se indignaram ao escutá-las, mesmo não sabendo de todo o assunto falado e do intuito que foram divulgados curtos trechos de uma longa conversa.
Pessoal, desde que entramos, estamos lutando pra trazer recursos e reeguer o Clube e compreendo os que discordam das ações e opções que fizemos até o momento para recuperar o Cruzeiro.
Eu nunca disse que seria fácil e também já disse que erramos, mas sempre tentando o melhor, trabalhando dia, tarde e noite. Falamos diversas vezes da difícil rotina de contratempos e dívidas. Mas mesmo assim conseguimos superávit de R$ 33 milhões em nossa gestão até o momento.
Àqueles que me julgam arrogante, saibam que desde o primeiro dia eu tenho buscado o diálogo e ajuda de vários cruzeirenses e agentes do esporte, sejam torcedores, empresários, sócios, imprensa, conselheiros, dirigentes. Procurei e recebi muita gente. E saibam também que existem boicotes a quem luta contra o sistema instaurado em 2019. Mas eu jamais vou desistir.
O Cruzeiro não é meu, nem de grupo nenhum. O Cruzeiro é de todos os seus 9 milhões de apaixonados.
Seguirei lutando, trabalhando, tentando evitar erros e pedindo que nunca deixem de confiar no Cruzeiro, mesmo que não gostem de mim, que me julguem por isso ou aquilo, ou a qualquer outro dirigente. Pois boicotar ou implodir o nosso Clube é tudo que querem os inimigos (e falsos amigos) desse Gigante Azul.
Um abraço.