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Coperlidere
CPI da Covid

Ex-diretor do Ministério da Saúde paga fiança e é solto após ficar cinco horas na delegacia

Roberto Ferreira Dias recebeu voz de prisão após mentir durante depoimento

08/07/2021 09h21
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Por Itasat

O ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias foi solto na noite desta quarta-feira (7), após ficar cinco horas na Delegacia do Senado e pagar fiança de R$ 1.100. Dias foi preso pela CPI da Covid, no fim da tarde, após ordem do presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), que apontou falso testemunho no depoimento do ex-diretor

Roberto Dias foi acusado pelo policial militar Luiz Paulo Dominghetti de pedir propina em negociação para compra de vacinas contra coronavírus. Durante depoimento à CPI, foi pego em contradição ao dizer que o encontro com o homem que tentava vender o imunizante havia sido “acidental”, quando conversas gravadas desmentiram essa versão. O auto de prisão elenca uma lista de 12 contradições do ex-diretor.

Após muito tumulto e um racha no grupo majoritário da CPI, conhecido como G7, Dias foi detido pela Polícia Legislativa. “Os áudios que nós temos do Dominghetti são claros”, afirmou Aziz. O presidente da CPI fazia referência a mensagens de voz trocadas entre o policial militar, o coronel Marcelo Blanco, ex-assessor do Ministério da Saúde, e um outro interlocutor chamado Guilherme Filho Odilon, que já falavam na negociação da vacina com Dias. Os áudios foram revelados pela CNN Brasil.

O Código Penal, em seu artigo 342, classifica o crime de perjúrio como o ato de fazer afirmação falsa em investigação como crime punível com reclusão de dois a quatro anos e multa. Para Aziz, Dias cometeu “perjúrio” em seu depoimento ao negar que havia combinado um encontro com o policial militar Luiz Paulo Dominghetti, que o acusou de pedir propina para vender vacinas ao governo.