Por Itasat
Um foco do novo coronavírus em um hotel do Japão, onde membros da delegação olímpica de judô do Brasil estão hospedados, provocou novas preocupações com infecções durante os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.
Pouco mais de uma semana antes da cerimônia de abertura, novos casos ligados aos Jogos Olímpicos e infecções em alta em Tóquio ressaltam os riscos de sediar o maior evento esportivo do planeta durante uma pandemia - mesmo sem espectadores nos locais de competição.
Pelo menos onze casos teriam sido confirmados em um hotel da cidade de Hamamatsu, situada a sudoeste de Tóquio, segundo uma autoridade municipal. No entanto, os 31 membros da delegação brasileira hospedados no local, que inclui atletas de judô, estão em uma "bolha", separada dos outros hóspedes, e não foram infectados.
"Todas as medidas foram reforçadas no hotel onde seis atletas olímpicos de judô estão hospedados em Hamamatsu e que teve funcionários que testaram positivo para o novo coronavírus antes da chegada da delegação brasileira. Nenhum desses funcionários teve contato com os atletas brasileiros", disse o Comitê Olímpico do Brasil (COB) em nota oficial.
"A delegação brasileira tem um elevador de uso exclusivo no hotel, usa apenas máscara N95, higieniza as mãos todo o tempo, faz as refeições em um restaurante separado. Além disso, todos, equipe do hotel e delegação brasileira, passam por testagem diária", acrescentou.
"Somente quem apresenta um teste negativo está trabalhando com a equipe de judô", afirmou Yoshinobu Sawada, funcionário esportivo da cidade. "Explicamos à equipe que somente trabalhadores saudáveis estão na bolha. Acredito que eles entenderam a situação e nossas medidas anticontágio", disse. Um parente de um dos trabalhadores infectados também deu positivo, de acordo com as autoridades de Hamamatsu.
Tóquio, cidade-sede onde um estado de emergência foi imposto até depois do final da Olimpíada, em 8 de agosto, também registrou 1.308 casos novos de covid-19 nesta quinta-feira, a maior quantidade em quase seis meses. Variantes altamente contagiosas do vírus atiçam a onda mais recente de infecções e a incapacidade de vacinar as pessoas mais rápido deixa a população vulnerável.