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Região Central

Justiça julga nesta quinta suspeitos de assassinato de advogado em Sete Lagoas

Irmãos teriam sido contratados por Thiago Fonseca Carvalho para matar a vítima

29/07/2021 09h00
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Por Itasat

Clima de muita expectativa para o julgamento de um crime que teve muita repercussão em todo o Estado, o assassinato do advogado Juliano César Gomes, de 37 anos. Irão se sentar no banco dos réus nesta quinta-feira, no Fórum de Sete Lagoas, os irmãos Jean Fagundes Neres e Júnior Marcos Fagundes Neres. Eles irão responder por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e roubo circunstanciado, uma vez que levaram cartões de crédito da vítima e também o celular para tentarem forjar um latrocínio.

O pai deles, Marcos Antônio Alves Neres, também será julgado, mas apenas pela ocultação de cadáver e e em outra data. 

O advogado Eugênio Barroso, que estará auxiliando o Ministério Público no julgamento, afirma que a expectativa da família da vítima é pela condenação dos dois acusados. “Nós estamos bastante confiantes de que a justiça vai ser feita no sentido de condenar o Jean e o Júnior como autores do homicídio que vitimou Juliano.”

O mandante do crime foi o advogado Thiago Fonseca Carvalho, de 34 anos, que está preso em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e será julgado separadamente, uma vez que recorreu do caso no Tribunal de Justiça. 

Thiago e Juliano eram amigos, mas Juliano iria depor em um caso de fraudes onde Tiago era réu e por isso ele teria mandado matar o ex-amigo, como uma queima de arquivo. O pagamento para os irmãos pelo assassinato seria em barras de maconha, de acordo com as investigações da Polícia Civil. Thiago já tentou fugir da cadeia pelo menos duas vezes.

Relembre o caso

Um inquérito foi aberto para apurar o desaparecimento de Juliano após a família do defensor procurar a Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência. Ele havia saído de casa no dia 21 de maio no bairro Floresta, na região Leste de BH, para se encontrar com uma mulher e não retornou mais. Na busca por notícias, os parentes entraram em contato com a pessoa com quem Gomes se encontraria no dia do desaparecimento, mas ela disse que ele não apareceu no encontro.  

A Polícia Civil iniciou as investigações e chegou até Carvalho após encontrar o carro da vítima na cidade de Sete Lagoas, na região Central do estado. Ao analisar as câmeras de segurança do portal da cidade, os investigadores perceberam que o veículo da vítima entrou no município acompanhado de outro automóvel. 

Ao verificar a placa desse carro, os policiais chegaram até o dono do veículo, que acabou preso junto com o irmão dele. De acordo com a Polícia Civil, os dois suspeitos confessaram ter matado o advogado, informaram a localização do corpo e alegaram que receberiam um pagamento de Carvalho para matar Gomes.

Conforme a PC, o suspeito pagou uma barra de maconha, de 1 quilo e avaliada em aproximadamente R$ 2 mil, para que a vítima fosse assassinada.