Por Itasat
Para cumprir com o acordo feito com o técnico Vanderlei Luxemburgo, que pediu salários em dia para assinar contrato, o Cruzeiro pretende não atrasar o pagamento de jogadores e funcionários pelo menos até o fim deste ano. Em entrevista ao programa Bastidores, da Rádio Itatiaia, o empresário Régis Campos, da Emccamp, disse quem foi o responsável por pagar os vencimentos que estavam atrasados (mais de R$ 8 milhões), além de revelar como o clube vai arcar com a folha até dezembro deste ano.
Os atrasados foram quitados com a ajuda de um velho parceiro: Pedro Lourenço, dono da rede Supermercados BH, que também está arcando com parte do salário de Luxemburgo, conforme revelou Régis Campos.
“A gente tem que agradecer muito ao Pedrinho, do Supermercados BH, que arranjou o dinheiro e pagou todo o atrasado do futebol e dos funcionários da Toca II. Foram R$ 8 milhões e tanto. Ele está ajudando a pagar o salário do Vanderlei Luxemburgo. A gente deve muito a esse cara maravilhoso que é o Pedrinho”, disse o empresário.
Já o dinheiro para pagar daqui pra frente a folha mensal do Cruzeiro, que gira em torno de R$ 2,5 milhões, segundo Régis Campos, virão da corretora XP Investimentos. A empresa se comprometeu a ajudar para ser um dos investidores do clube quando a Raposa começar a captar recursos após se tornar Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
“O resto do dinheiro para pagar até o final do ano, a XP dará um adiantamento mensal para pagamento dos jogadores e dos funcionários. Assim que captar algum recurso, quita esse dinheiro. A folha do Cruzeiro hoje é em torno de R$ 2,5 milhões. Está equacionado esse problema. Tem essa promessa da XP, o Sérgio (Rodrigues, presidente) junto com a sua turma lá no Cruzeiro está cuidando dessa parte toda”, pontuou.
“Por enquanto, está ocorrendo tudo bem. Se tudo ocorrer bem, acredito que a gente vai ter um novo Cruzeiro e um valor para investir em jogador pra gente voltar a ser o que sempre fomos”, finalizou.
A implantação da SAF no Cruzeiro já foi aprovada pelo Conselho Deliberativo do clube, mas como o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou alguns pontos do Projeto de Lei, a proposta precisará ser debatida novamente no Congresso Nacional.