Por Itasat
O réu Paulo Henrique da Rocha, de 35 anos, acusado de um duplo homicídio, em Belo Horizonte, se entregou a Polícia na tarde desta sexta-feira (27). Conforme a Itatiaia informado, Paulo havia sido solto faltando uma semana para o julgamento, após um erro no Setor de Arquivos e Informações (Setarin) da Polícia Civil, órgão que controla os mandados de prisão no Estado.
Paulo Henrique é acusado de ter matado a ex-namorada, Tereza Cristina Peres de Almeida, de 44 anos, e o filho dela, Gabriel Peres, de 22, no bairro Ipiranga, na região Nordeste de Belo Horizonte, em julho de 2019. Ele estava preso desde o dia 31 de julho de 2019, mas foi solto na última terça-feira (24), de maneira errônea, sendo que o julgamento do caso está marcado para a próxima terça-feira (31).
Após a Itatiaia entrar no caso em busca de respostas, um novo mandado de prisão foi expedido contra Paulo Henrique da Rocha que passou a ser considerado foragido da Justiça. No entanto, ele foi até a Penitenciaria Público Privada (PP), em Ribeirão das Neves, e se entregou na tarde desta sexta-feira.
Antes de entrar no presídio, Paulo conversou com a reportagem da Itatiaia e disse que se arrepende do crime. “Os monitores me chamaram, até o que a gente chama de gaiola, e lá eles me falaram que eu tinha recebido o alvará. Eu não aguardava isso, porque o meu júri está marcado para o dia 31. Eu sempre me arrependi do fato, eu não sou esse monstro. Eu entendo a dor da família”, contou.

Paulo se defendeu e disse que cometeu o crime em um momento de surto. “Nós ficamos juntos dois anos, como pode uma pessoa sofrer tanto, ser agredida e ainda casa com você e vive com você? Eu tive este surto e infelizmente aconteceu”, argumentou.
O acusado afirmou ainda que respeita a família das vítimas e pediu perdão. “Eu respeito muito a família deles, independente do que eu fiz e do que aconteceu. Eu quero deixar o meu pedido de perdão, sei que nunca vou conseguir remediar o que eu fiz, a dor que eu causei. Minha intenção nunca foi fugir. Eu não estou foragido, eu recebi um alvará de soltura e fui embora”, desabafou.