Idosa teria concretado marido para pegar R$ 8 mil que ele usaria em tratamento de câncer

Por Itasat

Investigações preliminares movidas pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indicam que a mulher de 62 anos suspeita de matar, esquartejar e concretar o marido, de 53, em uma parede na residência da família, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, teria cometido o crime para se apossar de R$ 8 mil. O dinheiro foi obtido pelo homem após pedir um empréstimo bancário para pagar o próprio tratamento de câncer de próstata. 

Conforme noticiado na manhã de quarta-feira (1º), a mulher foi detida no imóvel do casal, no bairro Florença, na região metropolitana. Ela foi presa pelo crime de ocultação da cadáver. Segundo informações repassadas em coletiva à tarde desta quarta-feira pelo delegado Fábio Werneck, da Especializada de Homicídios, o homem estava desaparecido desde o dia 11. Familiares de Dilson Bicalho é que denunciaram o sumiço à polícia por não terem contato com ele desde a data. 

Agentes, então, como parte da investigação, policiais civis foram à residência onde o homem vivia com a companheira – a idosa de 62 anos. No endereço, ela recebeu os agentes. Entretanto, em inspeção no imóvel, eles estranharam o mau cheiro e rachaduras no piso. O Corpo de Bombeiros foi acionado, e militares encontraram o corpo do homem na parede da sala. “A investigada foi receptiva. Parece que ela não contava que o local onde o corpo foi enterrado seria descoberto”, pontuou o delegado. 

“Sob uma mesa, entre a pia e a geladeira da cozinha, havia um pequeno retângulo de concreto fino e recente, com pintura destoante do resto do piso, estufado e trincado”, detalhou. Os pedaços do corpo esquartejado estavam em um saco preto.

A suspeita nega ter praticado o crime e foi encaminhada ao sistema prisional. 

Soda cáustica na garrafa de água 

A Polícia Civil descobriu por meio de levantamentos no sistema que, em 2012, o marido da suspeita registrou uma ocorrência contra ela por ter colocado soda cáustica em uma garrafa de água e guardado na geladeira. Após ingerir a bebida, pensando realmente ser água, o homem precisou ser levado a um hospital. À época, a suspeita foi detida, mas acabou liberada dias depois. 

“De lá pra cá, esse convívio foi bem tumultuado. Há relatos de ameaças, de separação de corpos, já que os dois não dormiam mais na mesma cama, e vizinhos informaram que a investigada não gostava da vítima”, disse o delegado.