Por Itasat
Prefeitos de cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo atingidas pelo rompimento da barragem em Mariana conseguiram ser incluídos na negociação do acordo nacional que está sendo mediado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Eles esperam que o acordo seja fechado ainda neste ano e que dos mais de R$ 100 bilhões de indenização que foram pedidos, pelo menos R$ 12 bilhões tem que ser para as prefeituras.
Mais de 30 dos 39 prefeitos de municípios afetados estiveram nessa terça-feira (21), com o presidente do senado Rodrigo Pacheco (DEM), que, segundo Duarte Júnior, ex-prefeito de Mariana e secretário executivo do Fórum de Prefeito do Rio Doce, fez a ponte com o CNJ.
Dentro do acordo, entre as reivindicações atuais de representantes dos municípios, a principal é que parte da indenização seja usada para isentar moradores de pedágio ou reduzir a tarifa quando as BRs 381 e 262 forem duplicadas.
“A gente entende que o governo federal que no caso da tragédia de Mariana também é ente que terá direito a repasses em relação a indenização, que esse recurso do governo federal possa ser utilizado para que nós tenhamos nessas rodovias a menor tarifa do Brasil ou quem sabe os municípios atingidos não paguem para utilizar as rodovias que serão duplicadas ou em determinados locais terão a terceira faixa”, disse Duarte Júnior.
Duarte Júnior também falou sobre a expectativa em relação a valores de indenização. “A nosso expectativa é que a gente consiga juntos do CNJ que essa repactuação seja finalizada no máximo até o final desse ano ou, na pior das hipóteses, no início do próximo ano, que também já é um desejo do CNJ. Nós como fórum de prefeitos vamos defender que nenhum município atingido pela tragédia receba um valor menor do que R$ 50 milhões.”