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Família de motorista morto com 12 tiros por coronel da PM, em Contagem, está revoltada com decisão judicial

Aroldo Rodrigues Simões, de 34 anos, foi assassinado pelo policial reformado de forma gratuita

29/09/2021 09h01
Por:

Por Itasat

Familiares do motorista de aplicativo Aroldo Rodrigues Simões, de 34 anos, que foi brutalmente assassinado com 12 tiros em Contagem, na Grande Belo Horizonte, em fevereiro de 2019, estão indignados com uma decisão da Justiça. É que o autor do crime, o coronel reformado da Polícia Militar (PM), Flávio Donato da Silva, de 50 anos, foi liberado para fazer tratamento psicológico em casa, meses após a sentença que o deixava internado.

Na ocasião do crime, o militar teria tudo um surto, que conforme o Ministério Público, foi causado por uso de cocaína, e atirado contra Aroldo de forma gratuita, ao término de uma viagem de aplicativo. Flávio Donato ainda teria deixado o veículo e gritado que era Deus.

Em novembro de 2020, o coronel foi a júri popular e foi considerado inimputável. A Justiça entendeu que naquele momento ele estava fora de si e não tinha consciência dos seus atos. Foi estipulado uma medida de segurança, onde Flávio Donato deveria ficar privado de liberdade e que fosse internado para tratamento psiquiátrico.

No entanto, desde agosto deste ano, o coronel ganhou um benefício da Justiça. A medida de segurança passou do regime de internação para o laboratorial. Isto é, ele pode ficar em casa, desde que faça tratamento de saúde na rede pública por um ano e forneça a Justiça um relatório sobre seu tratamento, além de comunicar mudanças de endereços e que não volte praticar atos criminosos.

REVOLTA

Essa decisão revoltou os familiares de Aroldo. Maria Aparecida Rodrigues, mãe de Aroldo, fez um desabafo para a Rádio Itatiaia. "Minha família está desestruturada. Era pra ele ficar um ano em Barbacena, mas não ficou. Ele matou meu filho. Aroldo era tudo pra mim. Ajudava o pai e os irmãos”, disse bastante emocionada.

Maria Aparecida continua. “Eu acho que ele (o coronel) piorou de novembro até agosto. O promotor disse que ele não tinha condições. Ele matou meu filho. Se meu filho fosse bandido, tudo bem. Mas ele não era. E esse militar tem um histórico sujo", concluiu.

DEFESA

A Itatiaia procurou o advogado de Flávio Donato, que se limitou dizer que não comenta assunto de seus clientes com a imprensa.