Por Itasat
Representantes de hospitais particulares de Minas garantem que, mesmo com a redução da ocupação de UTIs e enfermarias por conta das melhorias dos números da covid e do avanço da vacinação no estado, leitos não serão desativados em definitivo. O que está ocorrendo é a utilização dos leitos por pacientes de outras doenças.
A garantia é de Wesley Marques Nascimento, superintendente da Central dos Hospitais de Minas, que reúne todos os 550 hospitais privados do estado. Ele afirma, que, nas últimas semanas, houve uma redução expressiva nas internações de pacientes com covid, o que aliviou a demanda por UTIs e enfermarias.
O superintendente explica porque, em alguns hospitais, a taxa de ocupação pode ainda estar alta, mesmo com menos internações.
“Os hospitais, com a expressiva redução de internações que a gente teve de pacientes com covid mediante à vacinação, fez com que os hospitais reduzissem a sua quantidade de leitos de covid, e destinassem eles pra sua forma original, para atender cirurgias e outras doenças clínicas”, disse.
Wesley diz que muitas cirurgias e consultas que estavam represadas vão ser realizadas.
“A estrutura de um hospital é muito cara. Então, deixar um hospital vazio sem utilização dentro de uma estrutura pronta, que está preparada para atender aquele espaço, é um prejuízo para o hospital. Com certeza, esses leitos vão ser utilizados, até porque a gente tem muitas cirurgias represadas, os atendimentos clínicos também, que ficaram sem o atendimento devido às internações feitas pra covid”, complementou.
De acordo com o superintendente, altos preços de suprimentos médicos ainda são um desafio recorrente na pandemia. Ele considera que não se justifica mais os produtos estarem em patamares elevados.
“Ainda continuamos com compra de insumos e anestésicos, principalmente, com preços fora do que seria o aceitável, que seria justo. É uma situação que a gente precisa resolver e vai nos ajudar demais nessa retomada de cirurgias. Estamos na expectativa que isso aconteça, e estabilizando a questão da covid, que é o caminho que a gente está vendo que está acontecendo, não tem mais sentido terem preços altos. Então, a central estará atenta a isso”, concluiu.