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Crise no Cruzeiro

Vittorio Medioli fala em dívida de R$ 1 bilhão e volta a pedir intervenção judicial no Cruzeiro

A dívida vai para R$ 1 bilhão

15/01/2020 08h45
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Após ficar apenas duas semanas como CEO do Cruzeiro, Vittorio Medioli voltou a falar sobre a situação do clube celeste. Em uma live em sua página no Facebook, o empresário, que também é prefeito de Betim, afirmou que estava sendo questionado por torcedores o motivo de ter deixado a função. Medioli criticou a forma com a instituição é conduzida, revelou que a dívida da Raposa deve chegar a R$ 1 bilhão.

Para calcular o valor dos débitos do Cruzeiro, Medioli explicou que o clube deixou de pagar o Profut (Programa de Modernização da Gestão de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro). Agora, para renegociar a dívida com o Governo Federal, a Raposa teria que desembolsar R$ 200 milhões.

Assim, os atuais R$ 800 milhões em dívidas seriam incorporados aos R$ 200 milhões do Profut, que estavam renegociados e não entravam na conta, transformando-se em R$ 1 bilhão.

“A cada dia aparece mais dívidas. A última conta vai chegar a R$ 800 milhões. Toda hora aparece um contrato. A maioria (da dívida) é fiscal. Foi feito um Refis (programa de recuperação fiscal), que chama Profut, e tem três anos que não paga. Desde 2013 não paga a Minas Arena. Criaram dívidas ao longo do tempo que são impagáveis. Esse Profut não foi pago, caiu e para renovar precisa gastar mais R$ 200 milhões. Dentro dos R$ 800 milhões que estão falando, como não tem esses R$ 200 milhões da renegociação, a dívida vai para R$ 1 bilhão”, afirmou.

Antes de sair do Cruzeiro, Medioli elaborou um relatório com um plano de recuperação do clube. Na visão do empresário, há uma série de medidas emergenciais a serem implantadas para minimizar os problemas da Raposa.

“Eu entreguei um relatório quando saí, no dia 5 de janeiro, de tudo o que precisa ser feito, no meu ponto de vista, que é colocar auditoria da BDO, que é uma grande auditoria, mas foi suspensa e posta para fora (do clube), refazer os balanços, que são fraudados”, ressaltou.

Por fim, Medioli frisou a importância de uma intervenção judicial para reconstruir o Cruzeiro. “Eu bato na necessidade de uma intervenção judicial porque geraria uma moratória, um prazo para renegociar essa situação. Saída tem, mas tem que fazer o dever de casa, doa a quem doer”, finalizou.