Por Itasat
A terça-feira (19), foi de trabalho para a força-tarefa que opera na recuperação dos estragos provocados pela chuva nos distritos de Amarantina, Cachoeira do Campo e Santo Antônio do Leite, em Ouro Preto, na região Central de Minas Gerais.
Localidades foram atingidas por fortes temporais entre a tarde e a noite de segunda-feira (18) – o município calcula um acumulado pluviométrico em torno de 200 milímetros no período. Moradores, Defesa Civil municipal e do Estado e militares atuam em Amarantina; o distrito foi atingido por uma enchente no rio Maracujá, que deixou mais de trinta famílias desabrigadas.
A lama derrubou o muro da residência de Edna Gonçalves e matou galinhas. “Eu moro aqui tem vinte anos, nunca vi uma coisa dessas. Graças a Deus está todo mundo ajudando, mas é triste perder as coisas, perder os animais”, desabafou.
O mecânico Natanael da Silva também sofreu com os estragos da chuva, e tanto o carro dele quanto suas ferramentas de trabalho foram danificadas. “Na hora que a gente foi tirar o carro, o carro já estava alagado. Na hora que abriu o portão, a força da correnteza veio empurrando o carro, empurrando tudo, entulho, lixo. Alguns vizinhos nós tivemos que pegar pelo telhado”, relatou.
Proprietário de uma padaria em Amarantina, Washington Pereira perdeu parte de seu maquinário e todos os produtos foram para o lixo, como esclarece o padeiro. “Mercadoria perdeu tudo. Como aqui é baixo e não tem prateleira alta, todas as mercadorias foram para o lixo. Agora é limpar e ver qual foi o prejuízo com o maquinário”.
O prefeito Ângelo Osvaldo explicou o que causou o estrago. “Há muitos anos não havia uma tempestade tão volumosa quanto essa. Foram 170 litros de água por metro quadrado em Santo Antônio do Leite, e 150 litros por metro quadrado em Cachoeira do Campo, de maneira tal que essa água desceu toda para Amarantina, e o distrito sofreu um grande dilúvio”.
Instituições estão recolhendo doações, como água potável, alimentos, roupas, colchões e travesseiros.