Chefes dos criminosos do 'novo cangaço' mortos em Varginha não estavam nos sítios, aponta investigação
Fontes da Itatiaia acreditam que ‘patrões’ do crime organizado só chegariam na cidade na hora do crime
Por Itasat
A investigação sobre o ataque frustrado de bandidos do novo cangaço em Varginha, no Sul de Minas, aponta que os chefes da quadrilha não estavam nos sítios onde o confronto entre criminosos e policiais terminou com 26 membros do grupo mortos.
Fontes da Itatiaia acreditam que os ‘patrões’ do crime organizado, estavam no planejamento da ação, só chegariam na cidade na hora de cometer o crime. É investigado também se os chefes estavam hospedados em hotéis da região.
A investigação do caso segue em sigilo de Justiça, mas uma situação já é certa: o plano foi financiado pelo crime organizado e a quadrilha era muito bem estruturada.
Identificação
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) já identificou 25 dos 26 criminosos mortos durante operação conjunta da Polícia Militar (PM) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no último domingo (31).
A operação conjunta teve início nas primeiras horas em dois sítios nos arredores de Varginha. Os suspeitos reuniam um arsenal de guerra nos dois imóveis no perímetro urbano de Varginha, como metralhadoras ponto 50, armamento que derruba até aeronaves. Conforme a polícia, houve confronto e um intenso tiroteio. Os 26 criminosos morreram.
Há indícios de que os suspeitos mortos no confronto com a polícia eram membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo.
O que é novo cangaço?
Usada para designar quadrilhas especializadas em grandes assaltos a bancos, a expressão “novo cangaço” foi cunhada há cerca de três décadas no Brasil. Bandos são responsáveis por crimes de grande repercussão, como o assalto à unidade do Banco do Brasil em Araçatuba, em São Paulo, onde os suspeitos pretendiam R$ 90 milhões e impactaram o país com imagens de populares usados como escudos-humanos.
Em Minas Gerais, bem como em outras regiões do país, os suspeitos não chegam às cidades sem estar munidos com forte armamento – como metralhadoras de alto calibre capazes de derrubar aeronaves, fuzis e pistolas; alguns utilizam também carros blindados, e coletes balísticos são itens indispensáveis para esses criminosos. As ações do novo cangaço são marcadas por extrema violência.
