Por Itasat
Kátia Giane Pacheco, ex-funcionária e sobrevivente da tragédia da boate Kiss foi a primeira testemunha a depor no julgamento iniciado nesta quarta-feira (1º), em Porto Alegre. Ela trabalhava na cozinha quando o incêndio começou.
"Eu estava na cozinha e a luz caiu. Eu escutava gente gritando fogo e escutava gente gritando que era briga. Então na hora eu não me toquei do que estava realmente acontecendo, porque eu não enxergava nada” relatou a sobrevivente.
Kátia afirma ter tentado deixar o local, mas acabou desmaiando durante a confusão. Quando acordou, a ex-funcionária ouviu pessoas perguntando se havia alguém na boate e precisou ser puxada entre outros corpos. “Eu comecei a gritar lá dentro que eu não queria morrer,” relatou.
Emocionada, Kátia conta que saiu da boate carregada e foi encaminhada para um hospital da região. No caminho, a testemunha desmaiou novamente e só acordou 21 dias depois, já internada em um hospital de Porto Alegre. A mulher teve 40% do corpo queimado.
“Tentaram me desentubar, e tive uma parada cardíaca. Eles me falaram que iriam desentubar de novo e, se não resistisse, iriam me deixar morrer,” afirmou Kátia sobre o período que passou internada.
São julgados como réus Elissandro Callegaro Spohr, Luciano Bonilha Leão, Marcelo de Jesus dos Santos e Mauro Londero.