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RR MÍDIA 3
Possível erro médico

Familiares de mulher que morreu após procedimento estético em BH serão ouvidos nesta sexta-feira

Família desconfia que houve erro médico durante o procedimento e pedem investigação mais profunda sobre o caso

10/12/2021 10h42
Por: Redação

Por Itasat

Familiares da servidora pública Lidiane Aparecida Fernandes Oliveira, que morreu após passar por uma cirurgia estética em uma clínica no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte, devem prestar depoimento à polícia nesta sexta-feira (10). Eles serão ouvidos na 3ª Delegacia da Policia Civil, no barro Preto.

O corpo de Lidiane, que tinha sido enterrado no cemitério de Brumadinho, na região metropolitana, foi exumado nessa quinta-feira (9) e levado para o Instituto Médico Legal de Belo Horizonte, onde passou por mais exames que serão usados nas investigações.

A família de Lidiane suspeita de erro médico. Graziele Mara é irmã dela e fala sobre a exumação do corpo. “Foi uma vontade nossa, eu e o marido dela. Passando as horas a gente foi olhando receita, orientação médica, foi colocando a cabeça no lugar e viu que houve um erro médico sim, viu que houve a falta de orientação dos medicamentos antes da cirurgia, eu estava com ela na última consulta, sou testemunha disso. A gente pediu uma investigação mais profunda para a gente poder evitar que outras pessoas caiam nesse golpe, nessa situação.”

De acordo com o Boletim de Ocorrência da Polícia Militar, Lidiane deu entrada no Instituto Mineiro de Obesidade às 7h de segunda-feira e passou por uma abdominoplastia e uma lipoaspiração. Os procedimentos terminaram por volta das 13h.

Lidiane começou a se queixar de fortes dores e falta de ar. Ela foi medicada e como o quadro se agravava, foi encaminhada ao Hospital Vera Cruz, mas não resistiu. Segundo o boletim de ocorrências, o Instituto Mineiro de Obesidade não tem CTI.

A Itatiaia entrou em contato com o médico responsável pela cirurgia. Ele enviou uma nota, afirmando que possui especialidade em Cirurgia Plástica e que é apto a exercer os procedimentos na paciente. Ainda conforme a nota, o cirurgião se solidariza com o luto dos familiares e está à disposição das autoridades para que tudo seja esclarecido.

Segundo o Conselho Regional de Medicina, todas as denúncias são apuradas de acordo com os trâmites estabelecidos no Código de Processo Ético Profissional, tendo o médico o amplo direito de defesa e ao contraditório.

Já a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, regional Minas Gerais, alega que a clínica onde ocorreu o procedimento está apta a receber pacientes para cirurgias plásticas e está devidamente regularizada junto aos órgãos de fiscalização e controle. Quanto ao cirurgião responsável pelo procedimento, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica diz que ele é habilitado e possui registro junto ao Conselho Regional de Medicina e título de especialista em Cirurgia Plástica.