Por Itasat
A Polícia Civil ouviu nesta sexta-feira a família da servidora pública Lidiane Aparecida Fernandes Oliveira, de 39 anos, que morreu após passar por abdominoplastia e lipoaspiração em uma clínica particular no bairro de Lourdes, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, e o cirurgião responsável pelo procedimento, Lucas Mendes.
Graziele Mara, irmã de Lidiane, afirma que após o procedimento cirúrgico a paciente já saiu com dores e que isso foi questionado à equipe da clínica. ‘Disse a uma enfermeira: “moça, o que está acontecendo? Ela saiu agora e já está com essa dor aí”. E ela me respondeu: “olha, eu já não sei mais o que faço”.
A irmã questiona também o fato de a clínica não ter dado suporte médico a Lidiane após a cirurgia. “Como que pode um procedimento de tão grande extensão igual foi o dela, que limpou oito lugares do corpo, fez um preenchimento de glúteo e ainda a abdominoplastia, o médico acabar a cirurgia e ir embora, deixar ela lá na minha mão e na mão das enfermeiras”, critica Graziele.
A irmã, que acusa a clínica de negligência, afirma ainda que, mesmo com as queixas de dores, nenhuma das enfermeiras mediu a pressão de Lidiane, e que ela não estava conectada a aparelhos médicos para qualquer tipo de monitoramento, somente ao soro venoso. “Médico nenhum olhou a minha irmã. Depois que ela estava morta não adiantava mais não, não precisava de médico mais não, nós queremos justiça, nós queremos que a verdade venha à tona”, afirma, Graziele, que pede ainda para que as pessoas parem de fazer comentários em redes sociais acerca da morte da irmã, o que tem aumentado a dor da família.
O médico responsável pela cirurgia, Lucas Mendes, não quis falar com a reportagem.