Por Itasat
Está sendo julgada nesta sexta-feira (17), no II Tribunal do Júri, no Fórum Lafayette, no Barro Preto, em Belo Horizonte, Isabela Mara Lopes, uma senhora de 74 anos, cadeirante, acusada de atear fogo e tentar matar Silvano Machado Rosa, de 60. O caso aconteceu há mais de 10 anos, em abril de 2011, quando eles eram casados e moravam no bairro Milionários, na região do Barreiro.
De acordo com o promotor de Justiça Cristian Lúcio da Silva, Isabel é processada por homicídio triplamente qualificado. Conforme a denúncia do Ministério Público, ela teria jogado álcool no corpo de Silvano enquanto ele dormia e depois ateado fogo. Além disso, ela teria dado uma paulada na cabeça do marido e impedido que vizinhos ajudassem o homem trancando a porta da residência.
A motivação do crime, conforme o MP, seria por causa de constantes brigas do casal relacionadas a motivos financeiros e ciúmes. Em entrevista, Silvano afirma que eles também tinham divergências religiosas, pois ela é adepta do Candomblé e ele evangélico, e isto, segundo o homem, teria causado os atritos.
Já a defesa de Isabela nega esses conflitos por questões religiosas. Os advogados que representam a mulher alegam que ela é, na verdade, a vítima, pois fora agredida física e verbalmente durante anos pelo marido e na madrugada em que ocorreram os fatos ele teria tentado atear fogo nela, que apenas se defendeu.
Naquele dia, Silvano sofreu queimaduras por todo o corpo de segundo e terceiro graus e ficou internado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, onde passou por uma cirurgia. Dez anos depois, o caso finalmente deve ter um desfecho aqui no fórum Lafayette.
A defesa acredita que Isabela será absolvida pelo júri por clemência, já que ela é cadeirante, tem diversos problemas de saúde e afirma que era constantemente agredida pelo ex-marido.