E mais uma vez aconteceu! Transbordamento do dique que protege o município das águas do Rio das Velhas, e Jequitibá fica embaixo d’água”.
Jequitibá é um município que se mantém em alerta com a chegada das chuvas. O primeiro registro de inundação em Jequitibá datado foi em 1808, quando a primeira ponte construída que ligava até a região de Santana de Pirapama foi parcialmente levada pelas águas. Reformada, durou até 1858, quando uma segunda inundação acabou novamente com a travessia.
Há registros de enchentes de grande porte em 1958 (que aparece no livro ‘Viagem de canoa de Sabará ao Atlântico’, de Richard Francis Burton); em 1976, quando a ponte que ligava a Baldim foi levada; em 1949, 1979 e, a última, em 1997. A construção do dique de contenção, em 1988, não foi o suficiente para conter a cheia do Rio das Velhas em 1997 e em anos recentes.
Então vamos lá!
Vamos voltar ao tempo: de 1977 até agora, o que foi feito de constante para proteger a população de Jequitibá, a fauna e a flora?
Deputados estaduais e federais, quais projetos apresentaram? Qual prefeito dormiu na porta do Planalto em busca de uma solução?
Quando a tragédia ocorre, aparece todo mundo! Mas, não seria melhor, prevenir ao invés de remediar?
Sabemos que 2022 é ano eleitoral, e agora os políticos aparecem como solução, são vídeos e mais vídeos em suas redes sociais, na mobilização de arrecadar alimentos, água potável, roupas e etc. O problema é que a água vai embora, os políticos também, mas o infortúnio fica impregnado na população.
Esperamos que Jequitibá possa realmente, de fato, encontrar uma solução para esse pesadelo que amedronta os seus munícipes, pois a cada gota que cai, cai junto a esperança de dias melhores nesta região.
Atenção políticos: mais atitude, menos politicagem