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INVESTIGAÇÕES seguem

Capitólio: novos detalhes sobre o acidente são revelados por delegado da Polícia Civil

Marcos Pimenta informou que avaliará informações de geólogos para apurar causas do acidente

14/01/2022 12h15
Por: Redação

Por Itasat

O delegado Marcos Pimenta, da Polícia Civil de Minas, concedeu, nesta manhã, uma entrevista coletiva para detalhar novas informações sobre a tragédia em Capitólio, no Sul de Minas, ocorrida no último sábado (8). Ao todo, 10 pessoas que estavam em uma lancha morreram.

De acordo com o delegado, as investigações começaram em um penhasco, se estendendo até o local do acidente, onde estavam os destroços da rocha e segmentos corpóreos na água.

“Fizemos um trabalho inicial perto da MG-050, de cima para baixo. Descemos o penhasco e fomos até o local, onde estavam destroços, Bombeiros e Marinha procurando por vítimas. Depois, fomos para um clube náutico próximo à represa, em que criamos um grupo de troca de informações, evitando falhas de comunicação entre as instituições. Todo mundo trabalhou de maneira séria, visando dar uma resposta rápida”, disse Marcos Pimenta.

Ainda segundo o delegado, por meio desse grupo de troca de informações, as famílias recebiam as notícias sobre o acidente antes da imprensa, já que o episódio envolveu turistas de diferentes estados.

Todos os corpos foram reconhecidos

“Conseguimos encaminhar os corpos ao IML e em uma resposta rápida dos médicos legistas, 10 mortos estavam na embarcação de nome Jesus, totalmente dilapidada. Outras duas embarcações serão retiradas do local com a anuência da Marinha do Brasil”, enfatizou Pimenta.

“O foco é procurar respostas e não culpados. Já procuramos diversos geólogos especialistas no tema e a Sociedade Brasileira de Geologia. O núcleo de peritos está em Passos com o apoio da PF. Acredito que em 30 a 40 dias, o laudo iniciado no local será findado, mas não tem data prevista de conclusão”, informou o delegado.

Perícia avalia causas do acidente

Conforme o delegado, a Polícia Civil está trabalhando em conjunto com geólogos para apurar se a queda parcial do cânion está relacionada com a ação do homem ou se foi um movimento natural da rocha.

“As placas, desde a pangeia e a movimentação da terra, irão cair naturalmente. O que pode ter ocorrido é se houve ou não ação de terceiros para acelerar a queda. Caso tenha algum responsável, ele será indiciado e encaminhado ao Ministério Público. Se ficar confirmado que não houve, é interessante um estudo de um geólogo. Não estamos buscando culpados, queremos esclarecimento dos fatos. Pode ser ação da chuva, de uma rodovia, mas as pedras vão cair nos movimentos naturais e nada mais interessante que geólogos coloquem a causa das quedas”, concluiu Marcos Pimenta.

Um inquérito policial também será feito em relação às atribuições da Marinha, que, segundo ele, está oferecendo à Polícia Civil todo o apoio sobre as embarcações.

“Há uma grande exploração do turismo e que precisa de responsabilidade pra ser explorado. O importante é um técnico da área responder”, finalizou.

Depoimentos

Nesta manhã, o delegado ouviu três depoimentos de uma mesma família para colher novas informações sobre o ocorrido.

Os prefeitos de Capitólio e São José da Barra também já foram ouvidos. O proprietário de um estabelecimento, próximo ao Cânions de Furnas, está com Covid-19, mas foi representado por seu advogado, que apresentou a documentação do local. O estabelecimento está interditado temporariamente.

Segundo o delegado Marcos Pimenta, mesmo se a documentação estiver irregular e as investigações não apontarem nenhum indício como causa do acidente, ninguém poderá ser responsabilizado pela tragédia.