Por Itasat
A Prefeitura de Belo Horizonte decide, amanhã, se adotará medidas de restrição para tentar conter uma nova alta de casos de covid-19.
Hoje, as taxas de ocupação nas enfermarias e unidades de terapia intensiva estão em nível "crítico". De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura nesta segunda-feira (24), a taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva estava em 91,3%. Se considerarmos apenas a rede pública de saúde, opercentual sobe para 95,4%. Isso significa que, dos 131 leitos de UTI Covid da Rede SUS-BH existentes na capital mineira, apenas seis estão livres.
No caso das enfermarias, a taxa de ocupação é de 89,7%.
O Comitê de Enfrentamento à Covid-19, formado por três epidemiologistas e o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, vem se reunindo desde a semana passada para discutir a situação dos indicadores da pandemia na capital mineira. Os médicos não descartam a adoção de medidas de restrição para evitar aglomerações, como a proibição da realização de eventos privados e mesmo de público em jogos de futebol.
"Não queremos fechar nada mas, se continuar a progredir desse jeito, o Comitê vai ter que sugerir o uso de medidas mais agressivas. É o que queremos evitar", diz o secretário.
Desde o início do ano, Belo Horizonte viu o índice de positividade dos testes de covid-19 dobrar. Na primeira semana do mês, a cada 100 testes feitos no município, 15 acusavam a doença. Na semana passada, eram 28.
Outro indicador que dá a ideia do impacto da covid-19 em Belo Horizonte no início deste ano é a quantidade de atendimentos na rede pública.
A terceira semana de janeiro registrou o recorde de atendimentos desde o início da pandemia. Foram 42,2 mil atendimentos de casos suspeitos na rede pública. O número superou o da primeira semana de janeiro, quando foram registrados 33,4 mil. Antes disso, o recorde havia sido no fim de março de 2021, quando foram registrados 22,1 mil atendimentos.